O jornal norte-americano The New York Times deu destaque ao avanço do desmatamento químico no Brasil com uma matéria de capa nesta terça-feira (29), intitulada “Mais sorrateiros que o fogo, os produtos químicos matam as árvores do Brasil”. A reportagem revela o uso de agrotóxicos para destruir áreas de floresta de forma discreta, dificultando a identificação pelos sistemas de monitoramento via satélite.
Em entrevista ao jornal, a promotora do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, explica que o desmatamento químico se torna quase invisível aos sistemas de monitoramento, pois simula um processo natural de morte das árvores, que perdem folhas e secam lentamente. “Os criminosos estão sempre à frente de nós”, declarou Ana Luiza Peterlini. Ela destaca que a prática representa uma ameaça grave e persistente, que leva à contaminação do solo e de aquíferos, além de colocar em risco a saúde humana por meio da pulverização aérea de produtos tóxicos.
A publicação também detalha o caso de Claudecy Oliveira Lemes, pecuarista denunciado pelo MPMT e acusado de um dos maiores desmatamentos ilegais no Brasil com uso de produtos químicos. Ele teria pulverizado agrotóxicos sobre 300 quilômetros quadrados de vegetação no Pantanal, maior planície alagável do mundo. Em resposta, o MPMT busca uma indenização ambiental estimada em US$ 1 bilhão, valor que visa cobrir os danos ecológicos causados ao bioma e à população local.
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