O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra manteve a prisão do empresário Thiago Gomes de Sousa, conhecido como "Baleia", por envolvimento com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele passou por uma audiência de custódia no final da tarde de segunda-feira (16). O dono de dois postos de combustíveis foi preso suspeito de usar os estabelecimentos para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
Thiago foi alvo da 'Operação Jumbo', deflagrada pela Polícia Federal. Na propriedade do empresário, que fica no condomínio Alphaville, foram encontrados aparelhos celulares e notebooks. Ao todo foram apreendidos R$ 40.600.
O delegado da Polícia Federal, Jorge Gobira, afirmou que Thiago mantinha contato diário com membros da facção criminosa Comando Vermelho para conseguir realizar o tráfico de drogas.
"O principal investigado, ele tinha contato quase que diário com integrantes aqui da principal facção criminosa do estado de Mato Grosso. Principalmente os líderes aqui, com certeza. Tem alvos que estão relacionados com o núcleo empresarial e tem alvos que são relacionados com o tráfico propriamente dito", pontuou.
Segundo as informações apuradas, Thiago trabalhava como taxista quando comprou o posto de combustíveis Jumbo, que fica na Rodovia Palmiro Paes de Barros. O dinheiro usado na compra já seria proveniente do tráfico de drogas.
Além dos postos de combustíveis, conveniências e uma mineradora eram usados para conseguir lavar o dinheiro do tráfico. A investigação da Polícia Federal evidenciou uma grande organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou a quantia aproximada de R$ 350 milhões em quatro anos.
Foi apurado também que a organização criminosa adquiria a cocaína no município de Porto Esperidião, acondicionava em Mirassol D'Oeste para, depois, distribuí-la em Cuiabá. No decorrer da investigação, com o apoio do setor de inteligência da Polícia Militar e do Gefron, foi possível interceptar dois carregamentos de drogas, totalizando 210 kg de cocaína.
Além disso, a investigação apontou que a organização criminosa utilizava postos de combustíveis em Cuiabá para a lavagm de dinheiro decorrente do tráfico de drogas. As investigações e diligências contra o tráfico de drogas continuam, com especial atenção à prisão das lideranças e descapitalização de organizações criminosas.
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