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Justiça Quinta-feira, 05 de Maio de 2016, 14:35 - A | A

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Quinta-feira, 05 de Maio de 2016, 14h:35 - A | A

OPERAÇÃO RÊMORA

Empresário confirma ao Gaeco citação de "cota do secretário"

LUCAS RODRIGUES/ MidiaJur

O empresário Leonardo Guimarães Rodrigues confirmou que a lista dos 23 contratos supostamente fraudados na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) continha uma licitação reservada para a “cota do secretário”, fazendo alusão ao ex-secretário da pasta, Permínio Pinto.

 

Promotor Marco Aurélio

 

A informação foi prestada por ele na última quarta-feira (04), em depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).

 

“Que nessa mesma lista havia uma anotação em relação a obra de Alta Floresta no valor de R$ 6 milhões, que seria da ‘cota do secretário’”, disse ele.

 

Leonardo Guimarães, dono da JER Construtora, é suspeito de ter levantado informações privilegiadas de dentro da Seduc para contribuir nas fraudes das licitações das obras,

 

Que nessa mesma lista havia uma anotação em relação a obra de Alta Floresta no valor de R$ 6 milhões, que seria da ‘cota do secretário

orçadas em R$ 56 milhões.

 

As fraudes teriam sido engendradas em uma reunião ocorrida em outubro do ano passado, com participações de vários empresários, que foi gravada com suporte do Gaeco.

 

Na gravação, um empresário não identificado perguntou quem ficaria com um contrato de R$ 6 milhões do “secretário”.

 

Questionado pelo Gaeco sobre esta informação, Leonardo Guimarães disse que, de fato, havia uma anotação na lista reservando uma obra em Alta Floresta, orçada em R$ 6 milhões, para a “cota do secretário”.

 

Leonardo Guimarães disse que possivelmente a lista teria sido redigida pelo empresário Giovani Belato Guizardi, dono da Construtora Dínamo e apontado como o coordenador do esquema e responsável por receber a propina.

 

“Que o interrogando foi convidado por Luiz Fernando [Rondon, empresário alvo da operação] a auxiliar na condução da reunião; que não sabe dizer a origem da lista contendo as licitações da Seduc que iriam ocorrer nos meses subsequentes, ressaltando que essa lista já estava na mesa de reunião e que segundo Luiz Fernando, o próprio Giovani Guizardi teria lhe passado a lista”, contou.

 

Ele também afirmou que soube de uma reunião ocorrida em dezembro daquele ano, na sede da empresa de Luiz Rondon, a Luma Construtora, mas que não compareceu, pois estava em viagem.

 

Segundo Guimarães, a maioria dos empresários ficou insatisfeita com a postura de Giovani Guizardi e “rompeu” com ele, pois só “prometia e nada fazia, e somente extorquia”.

 

“Que não sabe dizer se tudo o que foi combinado na reunião foi cumprido pelos demais empresários; que deixa consignado que não efetuou nenhum pagamento para Giovani ou qualquer outra pessoa, ou servidor da Seduc”, relatou.

 

Pressão por propina

 

Em seu depoimento, Leonardo Guimarães também contou que os fatos começaram em uma reunião com Giovani Guizardi, marcada por telefone, em julho de 2015.

 

Na reunião, Guizardi teria exigido “de forma ríspida”, que o empresário lhe pagasse 5% de tudo o que tinha para receber da Seduc em relação às obras.

 

Guimarães disse que discordou da proposta e acabou sendo retaliado por Guizardi.

 

“Giovani disse: tudo vai se complicar pra você lá dentro, você está fora, você não vai receber, suas obras não vão sair. Que um ou dois meses após o primeiro contato com Giovani, os pagamentos que a empresa JER, a qual o interrogando é procurador, tinha direito a receber começaram a atrasar”, afirmou.

 

Aos promotores de Justiça Marco Aurélio Castro, Carlos Roberto Zarour e Samuel Frungilo, o empresário disse que, em um segundo momento, Guizardi lhe apresentou uma planilha dos valores que a JER Construtora havia recebido da Seduc (R$ 1,5 milhão), exigindo 5% a título de propina (R$ 75 mil).

 

“Que acredita o interrogando que pelo fato de não ter pago a quantia de R$ 75 mil a Giovani, os processos de pagamento da empresa JER ficaram parados”, disse.

Audiência

 

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