A advogada Sarah Quinetti Pironi, conhecida como a “Rainha do HC”, comunicou oficialmente nesta segunda-feira (13) que estava deixando a defesa do coronel do Exército aposentado Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, um dos envolvidos no assassinato do advogado Roberto Zampieri em dezembro de 2023. Caçadini agora tem cinco dias para informar se vai constituir um novo advogado ou a defesa será delegada à Defensoria Pública.
Sarah Pironi entrou na defesa de Caçadini em junho de 2024 ostentando nas redes sociais ter conseguido mais de 500 habeas corpus. Sua primeira derrota na Justiça de Mato Grosso ocorreu no mesmo mês, ao ter o pedido indeferido de novo prazo para apresentação da defesa do coronel.
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No mês seguinte, durante audiência de instrução e julgamento sobre o assassinato de Zampieri, o tom entre a promotoria e os advogados de defesa esquentou ao ponto de um promotor acusar Sarah de transformar a audiência em uma “conversa de boteco”. "Eu estou trabalhando dessa forma, minha defesa é essa. Aqui não tem conversa de boteco", rebateu a advogada à época.
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Ainda em julho de 2024, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de prisão domiciliar para Etevaldo. O magistrado entendeu que seu quadro de saúde não demonstrava grave debilidade.
Desembargador nega HC a coronel envolvido em assassinato de advogado
Já em outubro, o desembargador José Zuquim Nogueira negou mais um pedido de Habeas Corpus a Caçadini. O recurso, assinado pela advogada “Rainha do HC” visava garantir o acesso a essas provas antes da data final para apresentação das alegações, marcada para o dia 16 de outubro de 2024. No entanto, o desembargador indeferiu a liminar, apontando que o acesso às provas telemáticas já havia sido autorizado anteriormente.
Também em outubro, a juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, criticou a demora da defesa em se manifestar sobre questões já decididas anteriormente, especialmente em relação à suposta ilegalidade de provas.
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RELEMBRE
Roberto Zampieri foi morto a tiros na frente do seu escritório no Bosque da Saúde, em Cuiabá, em 5 de dezembro de 2023. O produtor Aníbal Monteiro Laurindo, identificado como mandante do crime, temia perder uma propriedade rural, avaliada em R$ 100 milhões.
Por isso, ele contatou o amigo de longa data, o coronel do Exército Etevaldo Caçadini, que contratou o pistoleiro Antônio Gomes da Silva, de 56 anos, para matar o jurista. O militar é considerado intermediador do crime e foi indiciado no primeiro inquérito sobre o caso. Hoje, Caçadini é réu pelo assassinato junto com Antônio e Hedilerson Fialho.
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