O advogado Luíz Sávio Fernandes de Campos classificou como um “teatro” a operação que resultou na prisão temporária de seus clientes: o ex-CEO Eroaldo Oliveira, a ex-superintendente financeira Ana Paula Parizotto e a ex-controladora interna da Unimed Cuiabá, Tatiana Gracielle Bassan Leite. Segundo ele, o caso expôs de forma injusta a imagem dos envolvidos, mas a situação foi revertida ainda no mesmo dia, durante audiência de custódia.
Por meio de nota, o advogado questionou a responsabilidade atribuída aos seus clientes, argumentando que os cargos deliberativos da cooperativa são compostos exclusivamente por médicos cooperados e que seus clientes, como contratados, não tinham poder decisório. Seus clientes e outros três acusados foram detidos na Polícia Federal na quarta-feira (30) e soltos na mesma noite pelo juiz federal Jeferson Schneider.
“Como pode uma cooperativa, composta por milhares de membros, todos médicos cooperados, que possui órgãos deliberativos como Assembleia Geral, Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Conselho de Administração, todos esses órgãos compostos exclusivamente por médicos, querer imputar a contratados e empregados poder deliberativo?”, questionou.
Campos também expressou “satisfação” em ver o processo correndo na esfera criminal federal, destacando que confia na seriedade das instituições. Ele ressaltou que fez denúncias à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), “com provas documentais de cometimento de crimes”, mas sem avanços.
“Meus clientes estão em uma discussão há mais de um ano junto à justiça estadual e ANS, sem avanços. Agora chegamos a uma instância federal e criminal, com o verdadeiro poder de polícia e investigação. E confiamos no seu trabalho técnico e imparcial”, afirmou.
Na nota, o advogado sugere que a atual administração teria cometido irregularidades, como exigir aportes financeiros dos médicos cooperados e processar aqueles que não participaram do "rateio". Ele também questiona a gestão dos R$ 150 milhões e levanta suspeitas sobre o destino desses recursos. As críticas indicam que as ações e possíveis crimes atribuídos são direcionados à forma como a atual gestão conduziu esses procedimentos.
Por fim, o advogado criticou a disseminação de informações que, segundo ele, distorceram a função de Ana Paula e Tatiana dentro da Unimed e afirmou que o grupo de WhatsApp usado para discutir estratégias de defesa é legal e protegido por sigilo profissional. Ele agradeceu ao juiz Jeferson Schneider pela decisão que respeitou as prerrogativas dos advogados e ressaltou que as medidas cautelares impostas foram mínimas, como a manutenção de contatos atualizados.
“Temos a certeza de que a verdade aparecerá e prevalecerá. Os verdadeiros criminosos serão responsabilizados. Isso é a justiça!”, concluiu.
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