Em depoimento à Polícia Civil, o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou que ficou tão 'apavorado' com sua prisão que sequer conseguiu solicitar documentos que possam comprovar a emissão de licença para o descarte de resíduos da construção do Mercado do Porto. Ao delegado do caso, Stopa disse que no momento apenas solicitou o acompanhamento do procurador do município, Benedito Calixto e do advogado Francisco Faiad, que o representa. O vice-prefeito e secretário de Obras de Cuiabá ainda não passou por audiência de custódia.
Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (26) sob a acusação de crimes ambientais. Uma equipe da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA) esteve no local da obra da prefeitura e flagrou o descarte irregular dos resíduos numa área de proteção permanente. Em depoimento, Stopa também disse que não tinha conhecimento de que a área verde era protegida.
"Nossa orientação sempre é que se tenha todas as licenças. Nós nunca pedimos nada irregular", frisou o vice-prefeito.
Questionado se ele chegou a solicitar alguma comprovação sobre eventual licenciamento para o descarte, Stopa respondeu: "Não, não. Até porque fiquei tão apavorado com a situação que nem pedi [documentos]. A única coisa que fiz foi ligar pedindo que fosse acompanhado pelo procurador do município e então liguei para o doutor Faiad e ele encaminhou o filho dele como advogado".
Ele também alegou que costuma visitar a obra cerca de duas ezes por semana, mas não vistoriou os fundos do mercado, onde foi encontrado o problema. O vice-prefeito e secretário de Obras ainda acrescentou que um mutirão de limpeza estava programado para esta sexta-feira. A inauguração da obra era prevista para o próximo dia 30.
Um caminhão foi apreendido pela Dema durante a ação desta quinta-feira. O condutor do veículo flagrado despejando os entulhos também chegou a ser conduzido à delegacia, mas foi liberado. Stopa deve passar por audiência de custódia ainda nesta quinta-feira.
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