O vice-líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, Luis Cláudio (PP) e o vereador Rogério Varanda (MDB) apontaram a possibilidade do gestor municipal virar o jogo e conseguir aprovar as contas no Legislativo. Varanda, ex-apoiador de Emanuel, destacou que sabendo negociar nos bastidores, o prefeito pode superar a rejeição do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e se livrar de um processo de cassação sendo enquadrado no crime de improbidade administrativa. Mesmo diante da análise positiva, o correligionário de Pinheiro reiterou seu voto contrário.
"O clima hoje é que a maioria está dizendo que reprovam. Só posso responder pelo meu voto, vou acompanhar o TCE, os outros já não sei. Mas a política é a arte de negociar. Então, quem sabe se o Emanuel vir aqui dentro e fazer política, ele pode até virar o jogo, mas tem que saber fazer", observou Rogério Varanda nesta terça-feira (6).
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Uma visita de Emanuel à Câmara era esperada nesta semana. O secretário municipal de Governo, Wilton Coelho, ventilou a presença do prefeito no Legislativo na sexta-feura (2) quando as contas foram lidas em plenário. Porém, o vice-líder de Pinheiro negou a existência de conversas em torno da matéria e lembrou que o gestor tem tempo para se empenhar nas articulações. As contas tramitarão na Casa por 60 dias, ou seja, até meados de abril.
"Eu, enquanto vice-líder do governo, posso afirmar que não foi conversado nada relativo às contas, elas apenas foram lidas na sessão de abertura e ainda tem 60 dias. A Comissão de Orçamento vai dar um parecer sobre essas contas, depois que vai ir a plenário e vão ocorrer todas essas discussões", disse Luís Cláudio.
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O parlamentar também frisou que o prefeito se dedica à estabilização da Secretaria Municipal de Saúde pós-Intervenção do Estado e deve se voltar ao Legislativo após o Carnaval.
"Hoje, a Prefeitura está recebendo a Saúde de volta e o prefeito está focado na Pasta. Depois do Carnaval, quando já deve ter amansado essa questão da chegada dos testes da covid-19, acho que ele vai se voltar um pouco à Câmara. Eu já vi muita coisa acontecer no meio político, mas como diz Ulysses Guimarães, política é igual nuvem: um dia tá assim, outro dia está assado", finalizou o vereador.
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