O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), faz um pente-fino nas secretarias para cortar gastos diante do decreto de calamidade financeira. A exoneração de comissionados é uma das medidas adotadas. Sem recursos em caixa para quitar a folha de salários de R$ 78 milhões, Abilio disse que sua intenção não é penalizar o servidor, mas colocar a "casa em ordem". Além de demissões em massa, o prefeito também fará o corte de gastos supérfluos nas secretarias. Serão mantidos apenas os contratos essenciais.
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"Não é substituição, é corte. Não é trocar um servidor por outro, é corte. 'Mas Abilio você vai penalizar o servidor?' Não vou. Estou garantindo o pagamento do servidor, garantindo que todos vão receber o seu salário e vou estabilziar o pagamento. Agora precisamos cortar nos comissionados, nos cargos de livre nomeação. Não dá para a gente cobrar uma participação exemplar de todo mundo e nós continuarmos gastando absurdamente", falou Abilio Brunini nesta sexta-feira (3).
Abilio convocou os secretários e a presidente da Câmara, Paula Calil (PL), para uma reunião extraordinária nesta domingo (5) para discutir um plano emergencial que será apresentado na manhã desta segunda-feira (6). Conforme o prefeito, as decisões serão diluídas ao longo dessa semana conforme o quadro das secretarias forem conhecidos.
"A gente vai ter esses efeitos diluídos, estamos verificando em secretaria por secretaria quais medidas serão adotadas. A gente sabe que algumas têm demandas primordiais que não podem parar. Por exemplo, a coleta de lixo, não dá para esperar", explicou.
O prefeito acredita que a crise nas contas deva perdurar pelos primeiros seis meses deste ano. Outra medida que Abilio adiantou é o corte em eventos, como o Carnaval. Antes de abrir a caixa-preta do Alencastro e tomar ciência dos números das secretarias, o prefeito já havia sinalizado que a Prefeitura de Cuiabá não empenharia recursos na festividade.
"Tem medidas que não tem como ser evitadas. Não termos gastos com Carnaval, não termos gastos com eventos, não termos gastos com atividades que são supérfluas. Vamos ajustar para colocarmos a casa em ordem pelo menos em seis meses", concluiu.
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