O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (6) que o decreto publicado pelo governo federal sobre o uso da força pelas forças de segurança visa limitar a atuação da polícia. Segundo o chefe do Executivo de Mato Grosso, a medida não apresenta inovações significativas no enfrentamento às facções criminosas, que continuam a expandir sua influência no país.
"Esse decreto é mais do mesmo e não traz nada de novo para combater a insegurança pública no Brasil. As facções criminosas continuam crescendo, ampliando seu território, a forma de atuar e o decreto está tentando conter a atuação da Polícia Militar. É isso que o decreto traz. Quando ele escreve objetivamente se o cara romper uma barreira, ele não pode ser abordado com a força mais rigorosa. O traficante vai encher um carro de droga e vai romper a barreira e vai embora. A polícia vai fazer o quê? Não pode atirar, vai ficar correndo [atrás dos bandidos] até acontecer o quê?", disse o governador.
O decreto, por ora, não traz as regras detalhadas, que devem ser publicadas em até 90 dias. Contudo, entre as principais orientações, está a limitação do uso de armas de fogo como último recurso pelos policiais. O documento também diz que "não é legítimo" o uso de armas contra pessoas desarmadas em fuga ou veículos que desrespeitem bloqueios policiais em via pública, com exceção de casos em que haja risco ao profissional de segurança ou a terceiros. Cabe destacar que as medidas não são obrigatórias aos governadores.
"Estamos invertendo os valores [...] Estamos criando decretos para conter a polícia, a atuação das forças de segurança no Brasil. É o fim da picada! Não concordo com isso (sic)", finalizou.
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COMBATE AO CRIME EM MATO GROSSO
Mauro Mendes determinou em Mato Grosso o programa Tolerância Zero ao crime, para intensificar as ações de segurança pública, em um pacote de medidas integradas de combate ao crime organizado e proteção e defesa ao cidadão de Mato Grosso. O programa foi lançado em novembro do ano passado e segue em vigor no Estado.
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