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Política Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 18:50 - A | A

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Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 18h:50 - A | A

PRIMEIRA VEREADORA NEGRA

Relator nega perseguição à Edna e diz que cor da pele não é salvo-conduto para errar; veja vídeo

Eduardo Magalhães ainda lembrou que também é negro, afastando motivações raciais para cassar a parlamentar

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

O vereador por Cuiabá, Eduardo Magalhães (Republicanos), relator da Comissão Processante contra Edna Sampaio (PT), destacou que também é negro e disse que o parecer pela cassação da parlamentar não tem nenhuma motivação racial ou qualquer perseguição a ela. Edna é a primeira vereadora negra a assumir uma cadeira na Câmara e, por reiteradas vezes, já afirmou sofrer perseguição política, de gênero e racial. Eduardo negou ser influenciado por esses fatores e frisou que a vereadora não apresentou sua defesa para contrapor as acusações de supostas "rachadinhas". 

"Sou um homem negro, mas a cor da minha pele não é salvo-conduto para agir de forma contrária. Ela faz essas alegações, mas em nenhum momento apresenta a sua defesa", falou Eduardo Magalhães nesta terça-feira (4). 

Conforme o vereador, a narrativa de Edna não se sustenta. O relator ainda lembrou que ela foi denunciada pela ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu, que é negra e foi demitida pela parlamentar quando estava grávida. 

"A pessoa que a denunciou é uma pessoa negra, que foi demitida do gabinete dela grávida. O relator, por sorteio, caiu sobre uma pessoa negra, que sou eu. Não tem nada a ver sobre a cor da sua pele, com a condição social. A Edna tem doutorado, mestrado, é muito instruída. A narrattiva não se sustenta, infelizmente", disse. 

LEIA MAIS: Comissão Processante aprova parecer pela cassação de Edna Sampaio; veja vídeo

Eduardo lamentou o fato de Edna não ter feito sua defesa e justificou, explicando que não poderia ter apresentado um parecer diferente, uma vez que o contraditório não foi colocado à mesa, enquanto a denunciante levou provas para demonstrar as movimentações bancárias em conta ligada à vereadora. 

"A vereadora abriu mão da sua defesa. Vem uma pessoa na Câmara, testemunha contra ela dizendo que estão aqui os recibos da conta onde o dinheiro era depositado. Ela está apresentando uma prova que houve um erro. Ao invés da vereadora vir aqui e apresentar o contraditório, não apareceu. Eu fico numa situação que não tenho como fazer diferente, uma vez que poderia prevaricar e o processado acabaria sendo eu", expôs o relator.

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