O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que 'não entregará' a Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá para vereadores ligados ao Comando Vermelho. Desde terça-feira (5), o prefeito eleito vem fazendo uma série de acusações sobre interferências no processo de escolha da diretoria do Legislativo. Abilio sugeriu, inclusive, que os vereadores estão sendo subornados com propina para eleger nomes que atrapalharão seu mandato.
"Eu deixei claro, não vou entregar a Mesa para o Comando, não vou entregar a Mesa para Fávaro, não vou entregar a Mesa para Botelho. Se tiver que lutar pela Câmara, eu vou lutar pela Câmara", afirmou Abilio à imprensa nesta quarta-feira (6).
Embora tenha colocado o nome da recém-eleita Paula Calil (PL) como favorita à presidência, Abilio também disse que não irá se opor a outras opções, como as reeleitas Maysa Leão (Republicanos) e Michelly Alencar (União Brasil), desde que os nomes não estejam 'do lado errado'.
"A gente sabe com quem estamos lidando, a gente sabe as forças com as quais estamos lidando. Vou tornar público toda vez que chegar aos meus ouvidos essas coisas e não tenho medo de enfrentá-las", asseverou.
Questionado se suas ofensivas com relação às eleições da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá também não seriam uma forma de interferência no Legislativo, Abilio justificou que está reagindo a 'forças externas' que estão tentando prejudicar os primeiros anos de sua gestão.
"Eu tenho que intervir, mas não sou eu que voto. Não é uma invasão de poder, é uma defesa", falou. "Eu sou a favor de que a Câmara seja independente, inclusive independente de fatores externos. Não sou a favor de eleger um vereador especifico, sou a favor de não eleger aquele grupo", completou.
Indagado a especificar quais seriam as 'forças externas' que ameaçam seu mandato, Abilio se negou a citar nomes. O prefeito eleito alegou que aguarda reunir mais provas para formalizar denúncias concretas.
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