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Justiça Segunda-feira, 10 de Outubro de 2016, 15:47 - A | A

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Segunda-feira, 10 de Outubro de 2016, 15h:47 - A | A

DESVIO DE R$ 7 MILHÕES

Preso por corrução, Chico Lima revela que dormiu na delegacia com cachorro

MAX AGUIAR

O procurador aposentado do Estado, Fransciso Gomes de Andrade Lima Filho, Chico Lima, acusado de participar de desvio de dinheiro do governo de Mato Grosso na gestão Silval Barbosa (PMDB), prestou depoimento nesta segunda-feira (10) à juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda. A audiência desta tarde foi relacionada a Operação Seven, que investiga a compra duplicada de um terreno na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. Contudo, Lima está detido por novas acusações na Operação Sodoma 4.

 

 

Rogerio Florentino / Olhar Direto

francisco gomes andrade lima

 

Lima iniciou o depoimento contando o tratamento dispensado no sistema penitenciário de Mato Grosso. Ele estava internado até sexta-feira (7) por problemas cardíados. Segundo o procurador aposentado, ao invés de ser encaminhado para o Centro de Custória da Capital (CCC), foi levado para a delegacia de roubos e furtos. "Dormi com cachorro e mijado e só fui resgatado às 10h da manhã de sábado para ir ao IML e depois ao CCC", relatou à juíza.

 

O trânsito de Chico Lima até Cuiabá foi o seguinte: Ele foi preso no dia 26 de outubro no Rio de Janeiro e encaminhado ao Presídio de Bangu. Lá ficou até sexta dia 30 quando foi recambiado para Cuiabá, chegando na madrugada,  levado para uma cela da Roubos e Furtos e em seguida, no sábado, para uma cela do Centro de Custódia, onde permanece. 

 

O advogado de Chico, João Cunha, disse que esse tipo de colocação dos detentos em celas de delegacia é algo comum no judiciário brasileiro, porém, por se tratar de um advogado, era necessário que ele fosse colocado em uma sala de estado maior, posterior ao CCC, mas nada foi feito. 

 

"Existe uma regra no sistema penitenciário que o preso não entra de madrugada no Centro de Custódia, porém ele por ser advogado necessitva de uma sala de estado maior, como não existe, os agentes eram obrigados a colocar em centro de custódia, mas fizeram ao contrário e vamos representar por conta desse tipo de ato. Meu cliente relatou, inclusive, que tinham policial fazendo chacota, dizendo que ele seria comida de mosquito. O que esperamos ao menos com isso é dignidade", frisou Cunha. 

 

No decorrer da audiência, Chico contou que por ter problemas de saúde, cardíaco, toma remédio controlado. Também é diabético. Ele foi preso há duas semanas no Rio de Janeiro, cidade em que residia, por ser acusado de integrar uma facção criminosa que comprou um terreno de forma ilegal no bairro Jardim Liberdade. Esse terreno custou R$ 30 milhões, sendo que R$ 15 milhões voltou ao Estado para pagamento de dívida de campnha. Com isso a Polícia Civil promoveu a quarta fase da Operação Sodoma.

 

Sobre as acusações, Lima negou fazer parte de uma organização criminosa.  "Eu era procurador do Estado e estava trabalhando", se defendeu. "Se isso é organização criminosa acredito que o que ocorreu na Seduc também é uma organização criminosa que paira sobre o atual governo". Ele faz referência à Operação Rêmora que desmantelou um esquema de fraudes a licitações na Seduc no atual governo de Pedro Taques (PSDB) e que resultou na demissão de Permínio Pinto (PSDB).

 

Ele contou que morou Filinto Correia da Costa, dono da área no Lago de Manso. Pesa na acusação que o Estado comprou a mesma área duas vezes. "O Flinto tinha uma área e queria vender. Pedi ao Pedro Nadaf uma força", narrou.

 

Pedro Nadaf, ex-secretário do Estado, também é acusado de participar da organização criminosa. "Eu constantemente vinha sendo cobrado pelo Filinto para acelerar essa venda. Meu papel era só pedir para o Pedro adiantar o processo da venda. Eu nao levei nada, nem documento e nem cheque". acrescentou.

 

Lima contou que Nadaf o informou que para adiantar a venda precisava de um retorno. "Esse retorno seria pagar uma dívida de campanha de R$ 3 milhões. Depois disso conversou com Filinto e este tratou com Nadaf".

 

O procurador aposentado negou que tenha se reunido com o ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto."Afonso era asqueiroso, preferia não manter contato com ele", disse. 

 

 

 

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paulo 10/10/2016

agora diz pra mim oque o pobre do cachorro tem haver com esses caras que roubaram o estado pobre cahorro

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1 comentários

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