O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 30 dias o prazo para que a Polícia Federal investigue a suposta participação do líder comunitário José Carlos da Silva nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Despacho é do fim de fevereiro. Informação de que o Ministério Público Federal (MPF) tenha pedido o arquivamento do inquérito não consta no processo.
José Carlos da Silva, conhecido por sua atuação como presidente do bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, foi preso no fim de dezembro de 2023. Desde então, ele encontra-se segregado na penitenciária Ahamenon Lemos Dantas, em Várzea Grande e ainda aguarda para ser ouvido no processo.
As suspeitas são de que o líder comunitário tenha participado das invasões que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023. Ele, contudo, alega que só entrou nos prédios públicos para resgatar pessoas idosas atingidas por gás lacrimogêneo.
Assim como a maioria dos alvos da Operação Lesa Pátria, José Carlos da Silva é investigado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A família de José Carlos da Silva destacou que aguarda que o líder comunitário seja escutado no processo.
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