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Justiça Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2025, 11:50 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2025, 11h:50 - A | A

DOIS ANOS DEPOIS

Justiça condena 11 e fecha acordo com 37 mato-grossenses por atos do 8 de janeiro

Entre os condenados estão publicitária, líderes comunitários e empresários de Mato Grosso; contas de financiadores também foram bloqueadas

ANDRÉ ALVES
Redação

Depois de dois anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) já responsabilizou quase 900 pessoas pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília (DF) para contestar o resultado das eleições presidenciais de 2022. Desse total, ao menos 11 bolsonaristas radicais de Mato Grosso foram condenados, e outros 37 fizeram acordos de não persecução penal (ANPP).

Entre os casos, está o da publicitária Simone Dias Tosato, de Cuiabá, condenada a 13 anos e 6 meses de prisão por participação direta nos ataques às sedes do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto. Ela ficou presa em Brasília até ser liberada para voltar para sua casa mediante o cumprimento de medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica. Em junho de 2024, foi presa novamente por descumprir as medidas.

LEIA MAIS: Publicitária de Cuiabá é presa novamente em operação contra atos antidemocráticos

Outro destaque foi o líder comunitário José Carlos da Silva, o "Zé do Renascer", preso em duas ocasiões. Ex-servidor do gabinete do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), ele foi acusado de participar da invasão. Apesar de negar envolvimento direto, Zé alegou ter entrado nos prédios para ajudar idosos. No entanto, a acusação do Ministério Público Federal (MPF) apontou que, junto de outros manifestantes pró-Bolsonaro, quebrou vidraças, atirou cadeiras e danificou painéis, mesas e móveis históricos que ali estavam.

O professor de dança José Arimateia Gomes dos Santos, o Xuxa, que já havia concorrido a vereador por Cáceres, foi apontado como um dos organizadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso. Já Vanderson Alves Nunes, o “Vandinho Patriota”, mesmo usando tornozeleira, se candidatou a vereador em Cuiabá pelo partido Novo, mas não foi eleito.

Já o indígena José Acácio Serere Xavante, que estava foragido, foi preso no final de 2024 na Argentina, para onde tinha fugido. Em 2023, como os demais, foi preso preventivamente e liberado para cumprir medidas cautelares, que foram violadas.

Entre os envolvidos, Jean Guimarães dos Santos, apesar de ter violado as medidas dezenas de vezes e não comparecer ao fórum regularmente, ficou comprovado ser dependente químico e viver em vulnerabilidade social.

Com histórico de depressão grave, Maria do Carmo da Silva, que foi condenada a 14 anos de reclusão, desenvolveu Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) após os eventos e detenção. Ela afirmou ter ido a Brasília por não concordar com as pautas do presidente Lula, como “ideologia de gênero, liberação de drogas e aborto”. O laudo pericial, que manteve as medidas cautelares, comprovou que a professora necessitava de internação hospitalar em medida de urgência por risco de agressividade, além de ter pensamento mágico.

Além disso, o STF ordenou o bloqueio de contas bancárias de 42 empresas e empresários de Mato Grosso, identificados como financiadores dos protestos antidemocráticos. Entre os elementos apurados está a chegada de 115 caminhões de Mato Grosso a Brasília.

HOMEM-BOMBA

Antes do fatídico 8 de janeiro, aconteceram outras ações de extremistas, como a do empresário Alan Diego dos Santos Rodrigues, que foi condenado a 5 anos de prisão por tentar explodir um caminhão-tanque nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília em dezembro de 2022. A intenção era causar comoção social para justificar uma intervenção militar.

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Já o empresário Fernando Bedin, acusado de financiar bloqueios de rodovias em novembro de 2022, teve bens apreendidos. As investigações indicam que ele disponibilizou um trator para protestos após o segundo turno das eleições. Enquanto isso, os empresários Felipe Carvalho Duffeck, Vilso Gabriel Brancalione e João Pedro de Lima Ceolin foram condenados a 9 anos e 7 meses de prisão por bloquearem a BR-163, em Nova Mutum.

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