O DJ Manoel Maria Albernaz, conhecido pelo nome artístico ‘DJ Manolo’, de 28 anos, foi um dos alvos da 'Operação Rateio', deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) na última sexta-feira (26). Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva no mesmo dia, pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto.
A ação policial cumpriu 39 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão domiciliar e 12 ordens de bloqueio de contas bancárias, com alvo especialmente em traficantes de drogas na modalidade de rateio, que atuavam em Cuiabá e Várzea Grande. Além da região metropolitana, as ordens judiciais também foram cumpridas em Rondonópolis (216 km da Capital).
No curso das investigações conduzidas pela DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas, como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “doce”, além de outras substâncias, como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários na Capital e em Várzea Grande.
A apuração identificou que os traficantes adquiriam quantidades maiores para rateio, fazendo distribuições menores das drogas, alimentando o tráfico de varejo dessas drogas de característica mais refinada.
DJ Manolo foi alvo de busca e apreensão e foi detido na própria residência, ao ser flagrado com 35 gramas de maconha e uma balança de precisão. A droga estava no quarto dele. Mas, apesar da pouca quantidade do entorpecente, o magistrado alegou que, devido à profissão do artista, ele tem facilidade em vender drogas em festas, o que robustece a necessidade de garantir a ordem pública, com a manutenção da prisão do acusado.
“Insta observar que a OPERAÇÃO RATEIO, nas palavras da autoridade policial, consiste na revenda, grama a grama, com pouca quantidade de droga, porém, todos participaram de alguma forma na comercialização dos entorpecentes. Com cada membro da organização é encontrada pouca quantidade de drogas, mas que, somadas, representa uma grande quantidade, cuja distribuição por profissionais que atuam em festa possui grande capilaridade”, traz trecho da decisão.
Ainda segundo os autos, o produtor de eventos já possui antecedentes criminais por tráfico de drogas.
“Com essas considerações, CONVERTO A PRISÃO EM FLAGRANTE de MANOEL MARIA ALBERNAZ, com qualificação nos autos, EM PRISÃO PREVENTIVA, já que presentes os requisitos constantes do art. 312 e 313, incisos I e II, ambos do Código de Processo Penal, já que, para a hipótese, as medidas cautelares diversas à prisão revelam-se inadequadas e insuficientes”, proferiu o magistrado na decisão.
Ele foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado (PCE).
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