O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, formou maioria para ratificar a decisão liminar que afastou os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Medida foi determinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, após indicativo de que os magistrados possam ter atuado num esquema de venda de decisões judiciais junto ao advogado Roberto Zampieri, assassinado em Cuiabá em dezembro de 2023.
Além de Barroso e Salomão, votaram pela ratificação da liminar os conselheiros Caputo Bastos, José Edivaldo Rocha Rotondano, Mônica Autran Machado Nobre, Alexandre Teixeira, Renata Gil de Alcantara Videira, Daniela Pereira Madeira, Pablo Coutinho Barreto, João Paulo Santos Schoucair e Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho.
Até a última atualização sobre o andamento da 5ª Sessão Extraordinária do CNJ, iniciada na manhã desta sexta-feira (2), faltavam apenas dois votos para que o placar fosse encerrado.
As suspeitas de vendas de corrupção na Corte mato-grossense vieram à tona na quinta-feira. Decisão do ministro Luis Felipe Salomão cita "um cenário de graves faltas funcionais e indícios de recebimento de vantagens indevidas" no TJMT.
De acordo com os autos, Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho tinham, supostamente, uma relação íntima com Roberto Zampieri que, além de negociar vantagens e presentes valiosos em troca de decisões favoráveis aos casos que patrocinava, também atuava como uma espécie de lobista no Judiciário estadual, conforme indicam as investigações da Corregedoria Nacional de Justiça.
Além de colocar o TJMT sob clima de tensão, as movimentações do CNJ também reascenderam os questionamentos quanto ao assassinato de Zampieri. Nesta sexta-feira, o Ministério Público informou que, diante dos desdobramentos, irá solicitar novas diligências para confirmar que não há o envolvimento de mais pessoas no caso.
Até o momento, o produtor rural Aníbal Laurindo é apontado como mandante do crime e Etevaldo Caçadini, Hedilerson Barbosa e Antonio Gomes são indicados como intermediadores e executores do homicídio.
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Crítico 02/08/2024
Esses PSIDO JULGADORES NAO TEM MAIS MORAL, TODOS JULGAMENTOS NO FUTURO, PAIRAM DUVIDAS, OS NOBRES COLEGAS VAO REQUERER A SUSPEICAO.
1 comentários