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Artigos Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025, 10:18 - A | A

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Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025, 10h:18 - A | A

ANDRÉ CREPALDI

Câncer de colo de útero: informar é prevenir

ANDRÉ CREPALDI

O câncer de colo do útero é um dos tipos de câncer mais comuns entre mulheres, representando um grave problema de saúde pública. Sua principal causa é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus altamente prevalente e transmitido principalmente por contato sexual.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o HPV está presente em mais de 99% dos casos desse tipo de câncer, com os subtipos 16 e 18 sendo responsáveis por cerca de 70% das ocorrências.

Apesar de ser prevenível, o câncer de colo do útero ainda resulta em cerca de 342 mil mortes por ano em todo o mundo, um reflexo das desigualdades no acesso à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

No Brasil, o cenário é preocupante. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados 17.010 novos casos de câncer do colo do útero, o que representa uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Esses números poderiam ser significativamente reduzidos com a ampliação das estratégias de prevenção.

A vacina, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos a partir de 9 anos, é uma ferramenta eficaz, capaz de reduzir drasticamente a incidência de infecções pelos tipos mais perigosos do vírus. Ainda assim, a cobertura vacinal no país permanece abaixo do ideal, muitas vezes devido à desinformação, tabus ou falta de campanhas educativas consistentes.

Outro fator importante para o combate ao câncer de colo do útero é o rastreamento periódico. O exame Papanicolau, que permite identificar lesões precursoras e tratá-las antes que evoluam para câncer, ainda não é acessível de forma igualitária a todas as mulheres.

Neste janeiro verde, intensificamos as ações de prevenção e diagnóstico precoce, e estimulamos a população a conscientizar sobre à vacinação e realizar exames preventivos, além de promover campanhas educativas que desmistificam o HPV e o câncer de colo do útero. Informação, alinhadas às medidas de prevenção, salvam vidas.

(*) ANDRÉ CREPALDI é oncologista e atua na clínica Oncolog em Cuiabá

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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