A situação financeira de Cuiabá, segundo o prefeito Abílio Brunini (PL), atingiu níveis críticos, levando a nova gestão municipal a adotar medidas urgentes para enfrentar a crise. Em um pronunciamento na noite desta sexta-feira (03), Brunini anunciou que a partir de hoje à noite, será decretado o estado de calamidade financeira na cidade.
O decreto, segundo ele, é uma resposta imediata a um problema financeiro que não pode ser ignorado, e deve vigorar por 180 dias, tempo necessário para reequilibrar as finanças municipais. Apesar da gravidade da situação, o prefeito garantiu que a administração municipal irá honrar os compromissos com a população e colocar a "casa em ordem". Abílio garantiu que assim que o município tiver em caixa o valor completo para arcar com a folha de pagamento esta será quitada.
“A situação financeira está muito grave. Estamos buscando soluções de todas as formas, mas se a gente pagar as duas folhas dentro do mesmo mês, não tem condições de pagar saúde, de pagar nada porque o orçamento não é compatível”, afirmou. A decisão de decretar a calamidade financeira, segundo ele, se deve à dificuldade em honrar os compromissos da cidade sem prejudicar serviços básicos.
O prefeito também se comprometeu a não adotar práticas como o escalonamento da folha de pagamento, uma medida que já foi tomada em gestões anteriores. "Nós não vamos dividir o salário do servidor em várias parcelas como já foi feito antes.”, afirmou. Além disso, destacou que a prioridade será a garantia dos serviços essenciais, como saúde, limpeza urbana e educação.
Um dos maiores desafios enfrentados pela atual gestão é a dívida acumulada com empresas prestadoras de serviços, que têm valores a receber desde outubro do ano passado.
"Se a gente pagar todos os serviços com empresas que têm valores a receber desde o ano passado, não tem condições. O ex-prefeito ordenou pagamentos no dia 02 de fevereiro na nossa gestão, e alguns desses pagamentos não poderiam ter sido feitos", explicou o prefeito.
Cortes em empresas de tecnologia
Entre as principais medidas anunciadas estão cortes radicais em áreas de gastos mais elevados e que o prefeito em outras oportunidades e reiterou como mais supérfluos entre os demais. Com destaque para as empresas de tecnologia. Brunini revelou que a auditoria da nova gestão já identificou um potencial de redução de 300 milhões de reais durante um ano, a partir de cortes no orçamento.
“Nosso foco é pagar as pessoas que têm serviços com o município, que não podem parar. Já decidimos que estamos cortando principalmente em empresas de tecnologia”, disse, ressaltando que a auditoria continuará a fazer os cortes necessários para garantir a saúde financeira da cidade.
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