O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antônio Joaquim, negou que seu voto pela reprovação das contas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tenha sofrido contaminação política e reiterou que o gestor municipal acumulou um "endividamento histórico" em seus dois mandatos. Antônio Joaquim foi o relator do processo na Corte de Contas. Ele afirmou que seu julgamento foi técnico e amparado nas pendências financeiras que somadas totalizam R$ 1,2 bilhão.
"Tenho a consciência tranquila do meu voto. Tenho a consciência tranquila do que foi fundamentado no processo. As contas são ruins, um processo histórico de endividamento da Prefeitura e uma série de outros problemas que têm. Então, votei com tranquilidade. Não tenho nenhuma contaminação política sobre isso", falou Antônio Joaquim nesta quarta-feira (21).
O relator lembrou que em outros anos apoiou Emanuel na expectativa de que houvesse uma recondução orçamentária, porém, o quadro se agravou.
"Já votei a favor das contas em anos anteriores, mas piorearam. Então, chegou a um ponto que não tinha mais como votar. Não me arrependi pois era a realidade daquele momento. Naquele momento, não tinha porque julgar irregular", justificou o conselheiro.
O prefeito tenta amenizar sua responsabilidade sob o argumento de que o endividamento biolinário tem contribuição de outras gestões. Antônio Joaquim concordou com esse apontamento, porém, destacou que o aumento foi muito mais elevado durante os anos de Emanuel à frente do Alencastro.
"Ele tem razão de dizer que não é só dele. Mas na administração houve um aumento inaceitável da dívida. E, sinceramente, o meu voto está lá e não vou ficar debatendo", disse o conselheiro.
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