O vereador por Cuiabá, Demilson Nogueira (PP), afirmou ter se sentido traído pelos colegas do "G7" que assumiram compromisso com a presidente da Câmara, Paula Calil (PL). Ao mudarem de lado, Dilemário Alencar (UB), Sargento Joelson (PSB) e Maria Avallone (PSDB) implodiram o grupo que era considerado a terceira via à mesa diretora. Demilson não foi procurado pelos vereadores, recebendo a notícia pela imprensa quando a chapa feminina publicou foto com os 17 vereadores que iriam apoiá-la.
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Nogueira saiu do grupo de WhatsApp do "G7" assim que a imagem foi veiculada, sinalizando o fim da aliança. O grupo representava a minoria, uma vez que a oposição tinha 10 membros e Paula os demais, a maioria. No entanto, os votos contidos no "G7" poderiam definir o resultado da votação. O objetivo de Demilson não era vencer, elegendo o próximo presidente, mas compor com a chapa feminina, conquistando ao menos uma das cinco cadeiras da executiva. Mas a "traição" inviabilizou as chances de uma negociação.
"Começamos a construção do famoso 'G7'. Logo, na sequência, alguém bandeou, disse que Demilson não rói corda. Depois, mais dois bandearam. Demilson não rói corda", falou o vereador à imprensa nesta quarta-feira (1º) após a vitória da chapa feminina.
Demilson não votou em Paula. Ele se absteve, junto com outros vereadores da base do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Nogueira justificou que não voltaria atrás da sua palavra. Um dos motivos que o fez declinar do direito ao voto foi a participação massiva do prefeito Abilio Brunini (PL) nas articulações.
"Eu tenho muita convicção no trabalho que faço e no que falo. Câmara é problema de vereadores. Gestão municipal, entra prefeito e vereadores. Tenho um compromisso com Abilio em ajudá-lo. Agora, as coisas da Câmara eu resolvo ao meu modo", asseverou.
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