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Política Domingo, 19 de Janeiro de 2025, 07:55 - A | A

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PUXADINHO

“Apertados”, vereadores divergem sobre viabilidade de novo prédio para Câmara

As salas da estrutura atual passaram por nova divisão para acomodar mais três vereadores empossados em 2025, porém, há parlamentares que defendem a mudança para um novo prédio

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A reforma da Câmara de Cuiabá para acomodar os vereadores não está atendendo a demanda por espaço de parte dos parlamentares que enxergam como a melhor alternativa a mudança para um novo prédio. No entanto, a saída não é um consenso. Diante do estado de calamidade financeira decretado pelo prefeito Abilio Brunini (PL), alguns vereadores estão preocupados com o orçamento e entendem que a Capital não está no momento ideal para discutir a construção de um edifício para o Legislativo. 

O endereço atual da Câmara ocupa um quarteirão da Barão de Melgaço, em frente ao Centro Geodésico. Anos atrás, a estrutura atendia a Assembleia Legislativa (ALMT) e passou por diversas readequações conforme o número de vereadores foi aumentando. Em 2025, mais três parlamentares foram empossados na Casa de Leis, ampliando o número de gabinetes para 27. Na próxima legislatura, em 2029, a expectativa é que mais duas vagas sejam acrescidas ao Parlamento, elevando a quantidade de cadeiras para 29.

As obras para ampliação do gabinete foram contratadas na gestão do ex-presidente Chico 2000 (PL). A execução do projeto foi intensificada durante o recesso parlamentar e a expectativa é que as mudanças dos novos vereadores estejam concluídas até a primeira semana de fevereiro, quando as sessões ordinárias serão retomadas.  

Os sinais das novas obras estão aparentes nas marcas de remendo e paredes de drywall. A diferença entre os gabinetes se dá pela estrutura de alvenaria, espaço para mesas e cadeiras, e até a quantidades de banheiros. Os vereadores reeleitos que estavam satisfeitos com as instalações, seguraram as salas. Os novatos escolheram entre os gabinetes restantes.

RANALLI HERDOU GABINETE DE FELLIPE

"Herdei a sala do Fellipe que é muito boa pois tem dois banheiros", disse  Ranalli

Rafael Ranalli (PL) herdou o gabinete do ex-vereador e atual secretário Municial de Trabalho, Agricultura e Desenvolvimento Econômico, Fellipe Corrêa (PL). Ao ser eleito, antes do ano legislativo terminar, Ranalli começou a sondar os espaços disponíveis e acordou com os demais colegas que ficaria com a sala do correligionário. Ele se diz satisfeito com o local que tem dois banheiros, mas reconhece que o prédio do Legislativo precisa de adequações. 

"Fiz essa conversa com os demais e herdei a sala do Fellipe que é muito boa pois tem dois banheiros. Mas é um consenso entre todos os vereadores que prédio atual não atende as necessidades por espaço. O ideal seria mudar para um lugar amplo, com espaço não só para os vereadores, mas para atender a população", disse. 

DEMILSON NÃO APOIA MUDANÇA

Demilson Nogueira (PP) discorda. Para o vereador e ex-presidente da Comissão de Fiscalização e Execução Orçamentária, Cuiabá tem outras prioridades neste momento, principalmente, voltadas à saúde. Segundo ele, todos os vereadores foram atendidos com seus gabinetes e cabe esperar o fim da reforma. 

"Cuiabá não tem dinheiro", pondera Demilson

"Cuiabá não tem dinheiro. A cidade clama por melhorias em sua infraestrutura, não cabe a nós vereadores que estamos devidamente agasalhados e protegidos, questionar, pedindo que seja feita a mudança para um novo prédio. Não estamos em um momento adequado para isso", falou Demilson. 

 

DÍDIMO É FAVORÁVEL A OBRAS MAIS À FRENTE

O vereador Dídimo Vovô defende a construção de um prédio para a Câmara, à exemplo do que foi custeado pela AL, porém, mais à frente quando a situação finaneira da Capital se estabilizar. Até lá, ele apoia o início do diálogo para que um projeto de lei seja editado com as lideranças partidárias, delimitando orçamento e tempo de execução das obrras. 

"Sou a favor, mas não é o momento apropriado", opinou Dídimo

"Eu sou a favor, mas não é o momento apropriado. Sou a favor que venha ser apresentado um projeto de eficiência para sabermos de onde vai vir esse valor. Vamos precisar de R$ 40 milhões, 50 milhões, 60 milhões? De onde vão vir esse dinheiro e quais serão os cronogramas de execução dessa obra? Assim poderemos dizer se vai ficar, no mínimo, dois anos de construção", opinou. 

Dídimo destacou que a quantidade de vereadores tende a crescer, já que a criação de vagas acompanha o crescimento do número de habitantes. Por isso, é importante que a pauta seja discutida com bom senso, considerando possibilidade de ampliação da estrutura sem a necessidade de fazer uma nova mudança. 

"Esse espaço é um espaço antigo. Temos aqui 25 vereadores, depois 27 e 29, e assim sucessivamente. É claro que para mudar, precisamos de planejamento. Qual é o planejamento? Temos um espaço? Onde é? Vamos fazer audiências públicas com a população, precisamos debater se vai beneficiar, quais são os meios de transporte que vão ter, não discutimos isso", observou Dídimo.

KATIUSCIA RECONHECE QUE REFORMAS SÃO PALIATIVAS

A primeira-secretária Katiuscia Mantelli (PSB) segue a mesma linha de raciocínio de Dídimo, reconhecendo que as reformas são paliativas. A novata na Câmara foi a única a mencionar os servidores, acentuando que os funcionários das 11 secretarias também são penalizados com a falta de espaço. Mas a situação econômica pesa na balança e a vereadora entende que ainda é preciso esperar para colocar um ponto final na situação. 

"Não podemos pensar só nos gabinetes, precisamos pensar nos servidores", observou Katiuscia

"Os gabinetes são 27, mas tem o espaço administativo para as secretarias que tem suas equipes técnias. Não podemos pensar só nos gabinetes, precisamos pensar nos servidores que chegam de manhã e saem no fim do dia. Precisamos pensar em um espaço que acomode todos os vereadores, a imprensa, um plenário onde as pessoas consigam vir acompanhar as sessões. Precisamos de uma nova sede que atenda a realidade atual da Câmara", disse.

Recém-empossada na Mesa Diretora ao lado de quatro mulheres, primeira composição formada exclusivamente por mulheres, Katiuscia reforçou que a gestão está se inteirando sobre a receita do Legislativo e ainda não consegue mensurar quanto há disponível em caixa para um futuro projeto. Ela afirmou que havendo condições, a mudança será discutida pela presidente Paula Calil (PL). 

"Não consigo mensurar se essa demanda consegue ser atendida agora. É lógico se a gente tivesse condições, sabendo que há sim possibilidade de iniciarmos um projeto, poderíamos começar a buscar a doação de terrenos para a sede ser construída", finalizou a vereadora. 

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