A deputada federal Gisela Simona (UB) defendeu que o União Brasil se distancie do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional.O União Brasil elegeu, ao todo, 59 representantes na Câmara. Segundo Gisela, os parlamentares da sigla estão divididos e em um momento de decisão. 3
A eleição das Mesas da Câmara e do Senado, no próximo dia 1º de fevereiro, combinada com a escolha do novo líder do partido na Câmara, pode determinar se o partido seguirá como uma força independente ou se permanecerá aliado ao governo Lula.
“Nós vamos comprovar isso, se ganha governo ou oposição dentro do União. E tem uma cadeira muito forte dentro do partido que desde agora quer entregar os ministérios para o governo Lula e caminhar de forma independente dentro da Câmara. Não falo nem de oposição mas de uma independência”, contou a deputada se classificando entre as que desejam independência.
Apesar de ocupar três ministérios no governo petista — Turismo, Comunicações e Integração e Desenvolvimento Regional —, o partido tem mostrado sinais de divisão interna e um movimento crescente na defesa de uma postura mais independente. Inclusive não votando de forma uniforme com o governo, em pautas consideradas essenciais.
Em dezembro, a bancada do partido no Congresso viveu um racha e a saída de Elmar Nascimento (União-BA), enfraquecido após a disputa pela presidência da Câmara, expôs as fragilidades internas do partido. A disputa pela liderança da bancada, com nomes como Damião Feliciano (PB), Pedro Lucas Fernandes (MA) e Mendonça Filho (PE), reflete a disputa entre diferentes alas do partido.
A eleição da nova liderança será um termômetro para entender o futuro do UB. Gisela ainda citou os aliados do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que com os olhos voltados para o futuro político nacional, também se mostram dispostos a desvincular do governo Lula. Caiado tem sido apontado como uma figura chave nesse movimento, após expressar a vontade de concorrer à presidência pelo UB em 2026.
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