Professor que deixou cães estraçalharem gato alega ter sido visitado por alienígenas

Francisco alegou que o gato morreu antes de que os cachorros o atacassem. Segundo ele, a morte teria sido em decorrência de um choque na cerca elétrica da residência

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Reprodução

A defesa de Francisco Jose Andriotti Prada, de 50 anos, professor de Educação Física que foi preso por permitir que seus quatro cachorros atacassem e matassem um gato em Juína (743 km de Cuiabá), alegou que ele possui transtorno mental grave com delírios de grandeza. Além disso, ele afirma ter sido visitado por alienígenas quando adolescente e teve um chip implantado na sua cabeça. O homem também acredita ser um profeta de Deus.

O crime foi registrado na quarta-feira (12) e flagrado por câmeras de monitoramento. Nas imagens, é possível ver o momento em que um gato branco tenta pular o muro de uma residência, mas não consegue.

Em seguida, os cachorros de Francisco se amontoam em cima do gato e o estraçalham. Tudo isso acontecia enquanto o homem olhava e não fazia nada para impedir.

Francisco foi identificado e preso horas depois do crime. Ele foi submetido a audiência de custódia na quinta-feira (13). Na audiência, o juiz Vagner Dupim Dias, negou converter a prisão em flagrante em preventiva e arbitrou fiança de R$ 10 mil.

Na sua decisão, o magistrado citou que o Poder Judiciário não poderia se render ao clamor popular, já que a população do Juína ficou revoltada com o ocorrido, uma vez que os vídeos viralizaram nas redes sociais e ganharam repercussão em todo Estado.

Apesar de classificar a conduta praticada por Francisco como grave e reprovável, o juiz ponderou que a prisão preventiva seria uma medida extrema, já que o professor não possui qualquer ficha criminal, possui residência fixa na cidade e baixo risco de fuga.

Dessa forma, o magistrado arbitrou fiança em R$ 10 mil, bem como outras cautelares como comparecimento mensal em juízo, proibição de se ausentar da comarca e de manter a guarda de animais domésticos. Ainda, Francisco deverá apresentar um laudo sob sua situação mental em um prazo de 10 dias.

O QUE DIZ A DEFESA

A defesa afirmou que Francisco sofreu uma lesão cerebral grave em 2019 em um acidente de motocicleta e possui Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Por causa do transtorno, o homem apresenta oscilações de humor, irritabilidade intensa, delírios persecutórios e místicos. Ele foi aposentado por invalidez pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por causa da lesão no cérebro e toma dois tipos de medicação: Carbamazepina e Risperidona.

Já em seu depoimento, Francisco alegou que o gato morreu antes de que os cachorros o atacassem. Segundo ele, a morte teria sido em decorrência de um choque na cerca elétrica da residência. Ele também afirmou ter surtos de consciência repentinos.

Dessa forma, o juiz também instaurou incidente de saúde mental e determinou que Francisco faça um exame para avaliar sua saúde mental, que pode comprovar, ou não, os transtornos alegados pela defesa.

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