A Justiça manteve a prisão do empresário Edézio Corrêa, detido na Operação Gomorra, apontado como figura central de um grupo criminoso responsável por fraudar licitações e obter vantagens ilícitas em prefeituras e câmaras municipais do estado. Corrêa, preso pela Polícia Civil no dia 7 de novembro, teve sua prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. A decisão é deste domingo (10).
A decisão foi tomada com base na complexidade das investigações, que envolvem o uso de, no mínimo, quatro empresas e a participação de familiares e sócios. Também levou em consideração o histórico de Edézio como delator na Operação Sodoma. O pedido do Ministério Público Estadual foi deferido pelo desembargador Hélio Nishiyama.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, Edézio comandava a fraude utilizando pelo menos quatro empresas, que celebraram contratos com órgãos públicos nos últimos cinco anos, somando um total de R$ 1,8 bilhão.
Entre os contratos investigados está o da Prefeitura de Barão de Melgaço (125 km de Cuiabá), onde duas empresas ligadas a Edézio teriam firmado acordos nos valores de R$ 1.511.694,53 e R$ 1.323.578,37, respectivamente.
Embora Edézio permaneça preso, outros membros de sua família, como sua esposa Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, seu sobrinho Roger Corrêa da Silva e sua irmã Eleide Maria Corrêa já foram liberados.
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DELAÇÃO
Edézio Corrêa já havia sido alvo da 4ª fase da Operação Sodoma e atuou como delator na 5ª fase da mesma operação, deflagrada em 2017 para investigar fraudes durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.
Em sua delação premiada, Corrêa revelou ter participado de um esquema de fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Administração (SAD) do governo Silval para "abater" prejuízos decorrentes do pagamento de propinas.
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