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Justiça Quinta-feira, 24 de Outubro de 2024, 16:31 - A | A

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Quinta-feira, 24 de Outubro de 2024, 16h:31 - A | A

CRIME FILMADO

Justiça dá cinco dias para mãe e filho médico acusados de duplo homicídio apresentarem alegações finais

Depoimento de Inês Gemilaki e boletim de ocorrência sobre o crime será mantido em segredo de justiça

ANDRÉ ALVES
Redação

O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara da Comarca de Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá), declarou encerrada a instrução processual no caso envolvendo os réus Bruno Gemilaki Dal Poz, Éder Gonçalves Rodrigues e Inês Gemilaki. Eles estão envolvidos nos assassinatos de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo, além da tentativa de assassinato do padre José Roberto Domingos, em 21 de abril de 2024 no município.

Agora a defesa dos réus e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) tem cinco dias para apresentarem as alegações finais.

“Concedo o prazo de cinco dias sucessivamente, para que as partes apresentem as alegações finais em forma de memorias escritos Após, voltem os autos conclusos para a prolação da sentença”, finalizou.

Além disso, atendendo ao pedido da defesa, o juiz determinou que a Delegacia de Polícia Civil anexe o Boletim de Ocorrência assinado pela autoridade policial ao processo, sob pena de crime de desobediência, conforme o artigo 330 do Código Penal. O documento, bem como o depoimento da acusada Inês Gemilaki, deverá ser inserido sob segredo de justiça.

“Conjuntamente, determino que o depoimento da acusada Inês Gemilaki, sejam protocoladas aos autos em segredo de justiça, pelos motivos já expostos anteriormente”, finalizou.

RELEMBRE O CASO

No dia 21 de abril, Inês, Bruno e Eder invadiram a residência de Enerci Afonso Lavall, conhecido como ‘Polaco’, em Peixoto de Azevedo. Inês disparou contra as pessoas que estavam no local. Os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, sogro do alvo dos criminosos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, amigo do proprietário, foram mortos durante a ação. Toda a ocorrência foi registrada pela câmera de segurança da residência.

Além deles, o padre José Roberto Domingos, de 45 anos, que estava presente para um almoço, também foi atingido por disparos, mas sobreviveu ao se jogar entre dois sofás do imóvel. Polaco, o verdadeiro alvo, também escapou ileso, sendo apenas atingido por estilhaços.

O crime foi motivado por uma disputa judicial envolvendo a casa onde as execuções ocorreram. Inês havia alugado o imóvel de Polaco, mas, ao desocupar o local, teria deixado R$ 59 mil em dívidas. A investigação revelou que Inês também tinha débitos com Rui, o que pode ter motivado o ataque.

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