O juiz titular da Justiça Militar, Moacir Rogério Tortato, solicitou laudo complementar sobre a morte do aluno soldado Lucas Veloso. Determinação se deu durante audiência de instrução e julgamento, nesta quarta-feira (19), no âmbito da ação penal sobre o homicídio qualificado ocorrido durante treinamento no dia 27 de fevereiro de 2024. Durante a audiência, foram ouvidos os réus, o capitão BM Daniel Alves de Moura e Silva e do soldado Kayk Gomes dos Santos.
A medida, conforme o juiz, é necessária para esclarecer as informações do perito particular trazido pela defesa, que desqualifica a causa da morte por afogamento e aponta para mal súbito por uso de medicação controlada, má-formação na cavidade torácica e problemas cardíacos da vítima.
O magistrado reforçou que como a defesa dos réus citou os nomes dos peritos oficiais, questionando os laudos, será necessária a realização de laudo complementar para esclarecer questionamentos da defesa. O prazo é de 10 dias para a defesa e acusação - para apresentar os quesitos a serem respondidos pelos peritos neste novo documento que será anexado à ação penal. O depoimento dos dois especialistas será dia 22 de maio, às 14h, e depois os réus serão interrogados.
Na audiência de instrução e julgamento nove testemunhas de defesas foram ouvidas. A única testemunha que não integrava o quadro da corporação dos Bombeiros era o médico Fernando Esbérard, médico assistente técnico contratado pela defesa, formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mas foi ouvido por videoconferência.
Das oito testemunhas arroladas pela defesa, duas estavam no treinamento na Lagoa Trevisan, onde ocorreu a morte de Lucas Veloso. A 3º Sargento BM Pábola Racki estava no barco para dar apoio aos alunos e registrava as ações pelo celular. Nas imagens consta foto de Lucas, ainda vivo, com o Capitão Alves. Depois, por ordem do capitão, ela e o restante do grupo se afastaram, deixando Lucas junto dos dois réus, no meio da lagoa.
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