O procurador-geral de Justiça do Estado, Deosdete Cruz Junior, publicou um texto na manhã desta terça-feira (26) no qual justifica a fala polêmica no lançamento do programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, ontem no Palácio Paiaguás. Ao chamar os advogados de “pombos correios do crime” e sugerir a gravação do diálogo entre faccionados e advogados, ele provocou a reação da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-MT) e da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT).
No texto intitulado “Direito de privacidade não pode estar acima do direito da sociedade”, Deosdete Cruz defendeu que é o momento de se discutir a gravação das conversas dos presos faccionados com seus advogados, e com qualquer pessoa. Pois, de acordo com ele, o direito do presidiário não pode estar acima do direito da sociedade em parar os crimes.
“O ladrão de galinha, o pequeno estelionatário, o criminoso do cotidiano, estes devem ter a integralidade de seus direitos respeitados, mas o faccionado, por representar risco para a existência do Estado, deve ter seu direito de privacidade relativizado”, colocou o procurador-geral.
“Por isso, mais do que apontar dedos, precisamos, enquanto sociedade, discutir se o direito de privacidade de um preso faccionado está acima da segurança dos demais cidadãos, o que refuto em sintonia com parcela considerável de juristas que reconhecem o risco que as facções representam para a democracia e para a ordem pública", completou.
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