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Justiça Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 10:01 - A | A

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Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 10h:01 - A | A

“POMBOS CORREIO DO CRIME”

Após críticas de advogados, PGJ sai em defesa do "direito da sociedade" na guerra contra facções

Deosdete Cruz Junior ainda voltou a defender a gravação de conversas entre advogados e faccionados.

ALINE COÊLHO
Redação

O procurador-geral de Justiça do Estado, Deosdete Cruz Junior, publicou um texto na manhã desta terça-feira (26) no qual justifica a fala polêmica no lançamento do programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, ontem no Palácio Paiaguás. Ao chamar os advogados de “pombos correios do crime” e sugerir a gravação do diálogo entre faccionados e advogados, ele provocou a reação da Associação Nacional da Advocacia Criminal (ANACRIM-MT) e da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT). 

No texto intitulado “Direito de privacidade não pode estar acima do direito da sociedade”, Deosdete Cruz defendeu que é o momento de se discutir a gravação das conversas dos presos faccionados com seus advogados, e com qualquer pessoa. Pois, de acordo com ele, o direito do presidiário não pode estar acima do direito da sociedade em parar os crimes.  

“O ladrão de galinha, o pequeno estelionatário, o criminoso do cotidiano, estes devem ter a integralidade de seus direitos respeitados, mas o faccionado, por representar risco para a existência do Estado, deve ter seu direito de privacidade relativizado”, colocou o procurador-geral.

“Por isso, mais do que apontar dedos, precisamos, enquanto sociedade, discutir se o direito de privacidade de um preso faccionado está acima da segurança dos demais cidadãos, o que refuto em sintonia com parcela considerável de juristas que reconhecem o risco que as facções representam para a democracia e para a ordem pública", completou.

LEIA MAIS: Gisela rechaça falas de procurador-geral da Justiça sobre advogados estarem a serviço do crime; VÍDEO   

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