O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, atendeu, nesta sexta-feira (22), ao pedido de restituição de dois óculos de grau apresentados por Rodrigo de Souza Leal, alegado proprietário dos itens, que estavam dentro de uma caminhonete Chevrolet S10. O veículo foi apreendido durante a Operação Ragnatela, que investigou lavagem de dinheiro do Comando Vermelho (CV) por meio de shows em casas noturnas.
A defesa de Leal argumentou que os óculos são essenciais para sua condição oftalmológica. Após análise da documentação comprobatória de propriedade e considerando que os óculos não interessam ao processo, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) se manifestou favoravelmente ao pedido, uma vez que os bens são de uso pessoal e não têm relevância para a investigação.
“Sem maiores deliberações, adoto integralmente o parecer ministerial como razão de decidir, uma vez que, em se tratando de bem de baixo valor e uso pessoal, não há interesse na manutenção da apreensão para a ação penal”, destacou o juiz.
De acordo com as investigações da Operação Ragnatela, a movimentação bancária de Rodrigo de Souza Leal, ex-chefe do Cerimonial da Câmara de Cuiabá e apadrinhado político do vereador Paulo Henrique (MDB), aumentou em mais de 5.000% entre 2018 e 2022. Durante esse período, Leal movimentou R$ 27,2 milhões, sendo R$ 265,6 mil em 2018 e R$ 14,2 milhões em 2022.
Rodrigo também é proprietário do Strick Pub, cujo movimento financeiro alcançou R$ 17 milhões até 2022. Ele foi identificado como responsável pela organização de shows financiados com dinheiro do tráfico, além de exercer influência sobre o Dallas Bar e Eventos e usar o Strick Pub como uma empresa de fachada.
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