O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) endossou as críticas do governador Mauro Mendes (União Brasil) ao CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou não negociar mais a compra de carne com pecuaristas do Mercosul. Leitão acompanhou Mendes e sugeriu que os mato-grossenses deixem de comprar nas lojas do Atacadão, que integra a rede de supermercados varejista-atacadista. Para o ex-deputado, a declaração de Bompard foi "infeliz e triste".
"O assunto polêmico do momento foi a infeliz, triste e ignorante fala do presidente do Carrefour e do Atacadão sobre o produto agropecuário brasileiro, dizendo que não deve [ser negociado]", afirmou Nilson Leitão neste domingo (24), nas redes sociais. "Uma hipocrisia enorme, pois temos esse comércio em mais de 200 cidades do Brasil. Em Mato Grosso, maior produtor de carne bovina, soja e milho, em todas as grandes cidades existe um Atacadão", completou.
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Nilson Leitão elogiou o posicionamento do governador e do empresário do agronegócio Odílio Balbinotti, pontuando que o boicote é uma forma de fazer a defesa do produto interno, uma vez que o CEO francês tenta "destruir" a reputação da pecuária brasileira. O ex-deputado incentivou que os consumidores mato-grossenses optem pela concorrência.
"Não basta apenas fazer isso, precisa fazer com que a população que ama o nosso país e tem esse sentimento de brasilidade possa fazer essa defesa, tem outras alternativas na cidade de outros supermercados e tantos outros comércios que vende o mesmo produto na concorrência. Então, se esse grupo francês está destruindo a imagem da produção brasileira, principalmente, da carne, não compre mais lá", disse.
PROIBIÇÃO DA VENDA DE PRODUTOS FRANCESES
O governador Mauro Mendes afirmou em entrevista à CNN Brasil que recorrerá à bancada de MT no Congresso, em Brasília, para dificultar a circulação de produtos franceses. Mendes é favorável que os deputados e senadores aprovem a proibição da venda do que é importado do país europeu, inspirando o projeto de lei no "princípio da reciprocidade".
"Eles ficam inventando e criando essas barreiras, mas querem ficar vendendo queijo no Brasil, vinho, perfume, os produtos deles livremente. Então, nós vamos proibir isso no Congresso por meio da nossa bancada, dentro desse princípio da reciprocidade", expôs Mauro Mendes à emissora nesta sexta-feira (22).
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