O vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), alvo da "Operação Ragnatela", pediu licença do cargo nesta terça-feira (11) para se dedicar à sua defesa. Paulo é acusado de receber proprina por meio do Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização do Município de Cuiabá, que preside, para viabilizar a concessão de alvarás a empresas do setor de eventos que atuariam para lavar dinheiro do Comando Vermelho. O vereador negou as acusações e frisou na tribuna que seu sigilo bancário foi quebrado, mas os investigadores não encontraram transações ilegais. A princípio, o vereador ficará fora da Câmara por 31 dias.
"Quero comunicar que neste momento vou protocolar a minha licença pelo prazo de 31 dias. É pela minha honra, minha família", falou o vereador.
Paulo chorou ao mencionar o filho autista de 5 anos. Segundo ele, o menino perguntou à mãe se os policiais levariam o pai para a cadeia durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa da família.
"Tenho um filho autista de 5 anos e, no momenrto que fui abordado, ele perguntou para mãe: 'será que a polícia vai tirar meu pai?'. É muito dificil, mas quero dizer que tenho certeza que vamos responder um por um. Vou voltar com a cabeça erguida", afirmou.
O afastamento do vereador se dá um dia depois de sete colegas da Câmara pedirem a abertura de processo de investigação por quebra de decoro na Comissão de Ética do Legislativo. Os parlamentares alegam que Paulo Henrique deve ser cassado por manchar a imagem da Casa.
Durante sua manifestação, Paulo Henrique ainda admitiu ter indicado o funcionário Rodrigo Leal ao cerimonial da Câmara. Segundo o vereador, antes de ser contratado, o ex-servidor entregou certidões negativas ao Recursos Humanos. Ele é apontado como 'soldado' do CV para realizar eventos em casas noturnas de Cuiabá para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
"O funcionário Rodrigo Leal é um amigo meu há mais de 20 anos. Eu o indiquei para o cerimonial da Casa, dois anos que ele é do cerimonial da Casa. Não sou covarde, quem demitiu foi o presidente e com razão. Poderia ter me escondido atrás desse fato, mas conviveu com a gente aqui. O indicado tem que apresentar todas as certidões negativas e assim foi feito. Esses são alguns fatos que estão lá e vamos responder com tranquilidade. Nós vamos comprovar e responder a todos esses fatos. Sabemos que se for contratada a pessoa tem que pedir certidão, isso não vem a mim", isentou-se o vereador.
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