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Política Terça-feira, 18 de Junho de 2024, 16:42 - A | A

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Terça-feira, 18 de Junho de 2024, 16h:42 - A | A

ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA

Neri Geller encaixa esposa na Conab antes de ser exonerado por Carlos Fávaro

Além da companheira, Neri também teria apadrinhado Thiago José dos Santos como diretor de Operações e Abastecimento da Conab.

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

O ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP), encaixou a esposa, a advogada Juliana Vieira Geller, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) antes de ser exonerado do Ministério da Agricultura (Mapa), segundo a coluna de Andreza Matais no Uol. A advogada foi nomeada no cargo de assessora da presidência, com salário de R$ 15.220,38. Além da companheira, Neri tamém teria apadrinhado Thiago José dos Santos como diretor de Operações e Abastecimento da Conab.

Conforme a coluna, os dois cargos fariam parte de um acordo político feito com o Mapa. A empresa pública organizou o leilão do arroz que implicou no desligamento de Geller. 

Juliana começou na Conab em abril de 2023. Neri atuava no Mapa indiretamente como secretário, sua nomeação foi oficializada após decisão da Justiça, que liberou sua contratação pelo governo. 

À reportagem do Uol, a Conab afirmou que Juliana Geller passou por processo seletivo, tendo o currículo avaliado como os demais candidatos. "A Conab recebeu vários currículos, incluindo o da assessora. Foi escolhida a partir do perfil para a função que executa na assessoria da presidência", se manifestou a empresa pública por meio de nota. 

 

LEIA MAIS: Neri admite rusga com Fávaro por demissão do Ministério da Agricultura: "fiquei chateado"

LEILÃO DO ARROZ

Neri Geller prestou esclarecimentos à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre o leilão do arroz da Conab que o relacionou a supostas fraudes no certame. O ex-secretário de Política Agrícola negou estar envolvido em ações ilegais e explicou que era contrário ao certame. Ele reiterou ter repassado à Casa Civil que o país tinha estoque de arroz suficiente e não sofria riscos de passar por desabastecimentos devido às enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional do grão. Porém, o governo federal levou adiante o certame, que acabou sendo cancelado após a polêmica. Geller também disse estar "chateado" com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que assinou sua exoneração, o descredibilizando.

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