Em nota enviada pela Secretaria de Estado de Comunicação, na noite desta quarta-feira (15), o governador Mauro Mendes (UB) se manifestou sobre a polêmica gerada a aprtir de uma fala dele, durante entrevista à rádio CBN, nesta semana, na qual comentou a ideia de instalar câmeras nas fardas dos policiais. De acordo com o esclarecimento, Mendes não teve a intenção de atacar a magistratura ou qualquer outra categoria, mas sim levantar um debate mais amplo sobre a vigilância em diferentes profissões, incluindo a política.
Conforme a assessoria, a confusão surgiu após uma versão editada da entrevista circular nas redes sociais, dando a entender que o governador havia feito uma crítica direta ao poder judiciário. Contudo, a íntegra da fala, que está disponível em vídeo, revela o posicionamento de Mendes de forma mais ampla.
Ele argumentou que, embora erros possam ocorrer em qualquer profissão, incluindo a segurança pública, também é necessário considerar a atuação de outras classes, como a política e o judiciário.
O posicionamento do governador ocorre, após o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador José Zuquim Nogueira, repudiar, também na npite desta quarta-feira as declarações do governador Mauro Mendes. Zuquim classificou a fala como um “ataque irresponsável” às instituições do Sistema de Justiça, destacando que a medida seria incompatível com a posição do governador. O desembargador também ressaltou a importância de estudos prévios sobre o uso de câmeras nas forças policiais e reafirmou que a magistratura atua com base no devido processo legal e no respeito aos direitos de defesa.
Confira abaixo a nota na íntegra:
Em relação à fala do governador Mauro Mendes na entrevista à rádio CBN sobre câmera nas fardas de policiais, a Secretaria de Estado de Comunicação esclarece que:
O governador Mauro Mendes não atacou a magistratura estadual ou qualquer outra categoria, fato que fica evidente em sua declaração.
Ele falou de forma genérica que casos de erros cometidos por profissionais da segurança podem ocorrer, mas tambem em diversas profissões e na classe política - a qual o próprio governador pertence.
Infelizmente, a frase foi interpretada de forma equivocada, pois circulou uma versão com corte. Segue a íntegra da fala do governador e o vídeo em anexo.
"Quando a gente discute esse negócio das câmeras aí, das fardas, botar câmeras nas fardas policiais. Se nós vamos botar câmeras porque um ou dois policiais, ou um por cento, dois por cento, comete alguma coisa errada, vamos colocar a câmera em todo mundo, para vigiar todo mundo, então tá bom. Vamos colocar a câmera em todos os políticos, em todos os governadores, em todos os prefeitos, em todos os deputados estaduais. Ei, mas tem juiz que também vende sentença, foi flagrado vendendo sentença, desembargador vendendo sentença. Então vamos botar câmera em todos os juízes, em todos os desembargadores. Ei, tem gente do Ministério Público também, então vamos colocar câmera em todo mundo do Ministério Público. Então, existem umas discussões às vezes, que elas são muito atravessadas, né?"
Assista ao vídeo enviado junto à nota:
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