O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, e a presidente da Câmara Municipal, Paula Calil, ambos do PL, demonstraram estar alinhados sobre as medidas contra as enchentes como as que foram registradas neste final de semana. Os dois acreditam que a situação poderia ter sido evitada se um planejamento tivesse sido colocado em prática. Abilio disse que os alagamentos foram um "alerta". Já Paula classificou as ocorrências como "tragédias anunciadas".
Abilio destacou que choveu 91 milímetros somente neste domingo (12). No entanto, o número ainda não superou a série histórica de precipitações que registraram estragos com dimensões maiores e até mortes.
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"Falamos sobre as condições para evitar queimadas, melhorar córregos e rios. Não é nem uma agenda global, mas local mesmo. A chuva de 91 milímetros não foi histórica em nossa cidade, imagina se fosse. Se lembrarem, teve chuva que alagou o Ribeirão do Lipa e teve várias vítimas, assim como no Dom Aquino, Porto. O que tivemos ontem foi um alerta e é preocupante", disse o prefeito em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13).
O prefeito lembrou que a discussão de um plano emergencial para enchentes e queimadas compôs seu caderno de propostas na campanha e nos próximos meses ele deve apresentar quais medidas serão colocadas em prática. Preliminarmente, ele decretará calamidade pública devido os alagamentos para fazer contratações sem passar pelo processo de licitação, dando mais agilidade à execução de obras.
"Faltou um projeto emergencial, isso poderia ter sido evitado. Se a cidade tivesse limpado as bocas de lobo, tivesse o planejamento adequado, isso não teria acontecido", disse Abilio Brunini.
O desafio do prefeito é acabar com cenas repetidas anualmente, com carros inundados até o teto, famílias e comerciantes perdendo o que construíram.
"Todo ano tem vídeo de ônibus passando na Prainha, carro ficando inundado na região do Shopping Popular. Poderia ter sido evitado. Isso não é só da questão climática", concluiu o prefeito.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Paula Calil vai na mesma direção que o prefeito. Ela, inclusive, destacou que visitou bairros neste fim de semana e identificou gargalos no sistema de drenagem dos locais. A presidente da Câmara apoia a criação de um projeto de lei para conceder um auxílio emergencial às famílias prejudicadas. A vereadora aguarda o envio da mensagem do Alencastro ao Legislativo para convocar uma sessão extraordinária e discutir a medida.
"Fiquei sabendo (do projeto) através de entrevista coletiva que o prefeito Abilio concedeu no almoço e nós estamos esperando ele enviar o pedido. Se ele enviar, é bem provável que tenhamos que convocar uma sessão extraordinária. Eu estive andando no final de semana nos bairros e era uma tragédia anunciada", afirmou Paula em mensagem disparada pela assessoria da Câmara.
"Nós temos um problema grande de drenagem que a gestão anterior deixou e agora nada mais justo que a Prefeitura ajude essas famílias que tiveram suas casas alagadas, móveis estragados. Nada mais justo que a Prefeitura conceda esse auxílio emergencial", emendou a vereadora.
O auxílio será pago em uma parcela de R$ 1 mil. O valor será realocado do orçamento da Prefeitura de Cuiabá que há exatamente uma semana decretou estado de calamidade nas contas.
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