O vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), admitiu ter extrapolado ao afirmar que entregaria nomes de colegas envolvidos com o crime organizado. Conforme ele, a declaração impulsiva foi em um momento de indignação durante a campanha. Ranalli registrou denúncia na Polícia Federal e Civil de supostos candidatos apoiados pelo Comando Vermelho.
"A gente se sentiu revoltado de ver como as facções estão tentando interferir na política. Pelo fato de ser policial federal e demonstrar segurança nos depoimentos, me causou uma revolta, talvez eu tenha extrapolado na fala, mas foi total indignação", justificou o vereador à Rádio Cultura FM nesta segunda-feira (13).
Segundo o vereador, os candidatos apoiados pelo crime organizado lotearam os bairros. Ele afirma que foi impedido de entregar "santinhos" e que sentiu ameaçado ao visitar determinadas regiões da Capital com cabos eleitorais.
A denúncia implicou na abertura de inquérito que é mantido sob sigilo. Os apontamentos de Ranalli foram ao encontro das observações feitas pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) que recentemente anunciou o programa "Tolerância Zero ao Crime Organizado".
CASO "PH"
Em 2024, a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá arquivou os pedidos de cassação contra Paulo Henrique (MDB), investigado pela PF por supostamente facilitar a emissão de licenças a eventos do Comando Vermelho para lavar dinheiro. "PH" foi condenado por quebra de decoro pela Comissão de Ética, mas o parecer não foi votado em plenário, impedindo a cassação. O ex-presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), decidiu pelo arquivamento do processo.
A tramitação dos pedidos coincidiu com o período de campanha, Rafael Ranalli utilização o caso como exemplo para endossar suas denúncias.
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