O consórcio BRT, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Heleno & Fonseca Construtécnica, rebateu as críticas do governador Mauro Mendes (UB) com relação ao atraso das obras. Em nota, o consórcio atribuiu os problemas a falhas no anteprojeto, além de interferências externas e disputas políticas. A entrega do BRT estava prevista inicialmente para outubro de 2024, contudo, o prazo para conclusão das obras agora foi estendido para novembro de 2025.
Em entrevista à CBN Cuiabá, Mauro prometeu medidas drásticas caso o consórcio não seja capaz de apertar o cronograma. O governador classificou o atraso como 'inadimissível' e afirmou que dará 10 dias para que as empreiteiras melhorem o desempenho nas obras.
Pressionado, o Consórcio BRT se manifestou publicamente tentando atribuir ao próprio governo parte da responsabilidade pelo atraso na entrega. As empresas citaram falhas no anteprojeto, bem como sucessivas mudanças no traçado e demora na emissão de licenças. Relembraram também a disputa judicial travada pelo município de Cuiabá, sob a gestão do então prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que arrastou a data de início das obras na Capital.
Com relação à viabilidade financeira, as empreiteiras argumentaram que, em que pese reconheçam a assiduidade do Estado nos pagamentos, os problemas na obra têm refletido em ônus financeiro e em um 'prejuízo excessivo' para as empresas.
Embora a troca de farpas tenha se tornado recíproca, o consórcio afirmou estar aberto ao diálogo com o Paiaguás para encontrar soluções que garantam a continuidade da obra.
"Apesar de tudo isso, as empresas integrantes do consórcio sempre cumpriram com suas obrigações e estão abertas a um diálogo sério e responsável com o Governo do Estado, com o intuito de encontrar alternativas para preservar a viabilidade do projeto e, sobretudo, resguardar o interesse público", diz trecho da manifestação.
BLÁBLÁBLÁ E NHENHENHEM
Em entrevista à CBN, Mauro Mendes chegou a ser questionado sobre as justificativas do Consórcio BRT para o atraso na obra. O governador, por sua vez, afirmou que nenhuma das explicações apresentadas pelas empreiteiras é 'plausível ou admissível'.
"Um monte de blá-blá-blá, dificuldade, falta de mão de obra, um monte de nhenhenhém... Não há nenhuma justificativa plausível ou admissível. Tanto que estamos pressionando a Secretaria, e a Secretaria está pressionando eles. Eles precisam mudar radicalmente e com rapidez. Não vamos esperar mais!", disparou o governador.
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