Caio Fernando Albuquerque, que assumiu o comando da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), garantiu punição para homicidas, mesmo que o corpo da vítima nunca seja localizado. Albuquerque quer afastar a tese de que ‘sem corpo, não há crime’.
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“O que eu deixo claro, nesses casos sempre de desaparecimento, é afastar a ideia, o pensamento, de que sem corpo não tem crime. Então, que fique bem claro, sedimentado e enraizado na cabeça das pessoas e daqueles que querem praticar homicídios ocultando cadáveres que, revelado a autoria, vai ser preso, ainda que não tenha um vestígio de corpo”, asseverou a autoridade policial.
A declaração do delegado foi feita durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (23), quando foi questionado a respeito do desaparecimento de quatro jovens, naturais do estado do Maranhão e que sumiram pouco depois de virem para Várzea Grande a trabalho.
As vítimas são Diego de Sales Santos, de 22 anos, Mefibozete Pereira da Solidade, de 25 anos, Wallison da Silva Mendes, de 21 anos, e Wermison dos Santos Silva, 21 anos. Até o momento, não há qualquer informação sobre o paradeiro dos rapazes e o que teria levado ao desaparecimento.
O delegado ressaltou, ainda, que existem casos no âmbito nacional que mesmo sem corpo, os responsáveis foram devidamente identificados e punidos.
“Quero deixar bem claro, porque às vezes começa a matar e não acha o corpo. Mesmo sem encontrar o corpo, a resposta criminal vai ser feita, vai ser dada”, reiterou.
Um caso emblemático que ainda reverbera na imprensa nacional é o da modelo Eliza Samudio. Ela estava em um relacionamento extraconjugal com o goleiro Bruno Fernandes, que atuava no Flamengo à época dos fatos.
A jovem sumiu misteriosamente aos 25 anos no dia 4 de junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado, mas Bruno e seus comparsas foram apontados como autores do crime e condenados pela Justiça brasileira.
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