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Justiça Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 10:47 - A | A

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Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 10h:47 - A | A

SEM DATA DEFINIDA

TJ adia julgamento de juiz que mandou prender mãe de vítima de homicídio

Sessão seria nesta quinta (25), mas um dos desembargadores não compareceu

ANDRÉ ALVES
Redação

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou o julgamento do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) em desfavor do juiz Wladimyr Perri, atual titular da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande. A sessão deveria ter ocorrido nesta quinta-feira (25), mas foi adiada devido à ausência de um dos desembargadores.

Ainda sem nova data marcada, haverá uma sessão extraordinária para tratar especificamente desse caso.

O processo se refere a uma reclamação disciplinar contra o juiz após ele ter dado voz de prisão à mãe de um jovem assassinado em setembro de 2023, durante uma audiência. A mãe ficou detida por cerca de quatro horas no fórum.

Ao instaurar o procedimento contra o magistrado, o ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, destacou que Perri não zelou pela integridade psicológica da mulher.

Salomão também observou que Wladimyr Perri não se atentou à Resolução 492/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa resolução estabelece diretrizes para a adoção de perspectiva de gênero no Poder Judiciário, com o objetivo de promover a igualdade de gênero e eliminar a violência.

Além disso, o juiz também é acusado de conduta temerária na condução de outros processos.

No domingo (21), Salomão havia fixado um prazo de cinco dias para que o TJMT informasse a data da sessão administrativa, devido à gravidade das acusações e à demora no julgamento pelo órgão local. Em sua decisão, o ministro lembrou que havia uma certidão indicando que o processo seria incluído na pauta da próxima sessão administrativa do Tribunal, mas não havia data definida.

RELEMBRE O CASO

Em uma audiência no final de setembro de 2023, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, deu voz de prisão à mãe de um jovem assassinado. Durante a sessão, a mãe se manifestou contra o réu, acusado de matar seu filho a tiros em 2016. A promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria perguntou à mãe se ela se sentia confortável em prestar depoimento na presença do réu.

A mãe respondeu que não tinha problema, pois o réu "não era ninguém" para ela. Após essa declaração, o advogado do réu pediu respeito, e o juiz repreendeu a mãe, exigindo que ela mantivesse "inteligência emocional".

A situação se intensificou quando a mãe, ao final da audiência, jogou um copo de plástico e afirmou que o réu poderia escapar da justiça dos homens, mas não da justiça divina.

O juiz então deu voz de prisão à mãe, alegando que ela havia danificado patrimônio público. A mãe permaneceu detida no fórum por cerca de quatro horas até ser liberada.

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