O juízo da 5ª Zona Eleitoral de Nova Mutum (264 km de Cuiabá) determinou que o candidato a vereador Gilson Melo Cândido, o “Gil da Garagem” (PSB), remova imediatamente do Instagram um vídeo com conteúdo inverídico, considerado propaganda irregular. Na publicação, ele afirmava estar sendo perseguido por estar indo bem nas pesquisas e que teria pago fiança de R$ 100 mil por armazenar um produto que não poderia.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Gil da Garagem foi preso no dia 26 de setembro de 2024 pela prática dos crimes de receptação e armazenamento de agrotóxicos não autorizados. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontrados 18 galões de defensivo agrícola.
Segundo a promotora de Justiça eleitoral Ana Carolina Rodrigues Alves Fernandes, “o teor da publicação extrapola o direito de livre expressão do pensamento, uma vez que a desinformação ali veiculada é estrategicamente usada como arma política na conquista de simpatizantes e votos nas eleições”. Ela assevera que o vídeo apresenta informações inverídicas “acerca de suposta perseguição política e discriminação contra nordestinos”.
A promotora argumentou ainda que o candidato “busca ardilosamente se vitimizar e angariar empatia com o eleitorado – afirmando que sofreria alguma espécie de ‘armação’ em virtude de ‘perseguição política’”, quando na verdade ele está sendo investigado pelas autoridades policiais e pelo Ministério Público de Mato Grosso.
A decisão estabelece ainda que Gil da Garagem se abstenha de publicar o conteúdo em qualquer outra rede social, incluindo WhatsApp, ou páginas da internet.
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