A defesa da pecuarista Inês Gemilaki, seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz e cunhado Eder Gonçalves Rodrigues, soma mais uma derrota na Justiça. O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (692 km de Cuiabá), manteve a sentença e o trio irá a júri popular pelos homicídios qualificados de Pilson Pereira da Silva, 69 anos e Rui Luiz Bogo, 81 anos, além da tentativa de homicídio do padre José Roberto que ficou ferido
Em janeiro deste ano, o juiz substituto João Zibordi Lara, proferiu a mesma decisão. O motivo do crime, ocorrido em maior do ano passado, foi considerado fútil e a reação dos acusados, desproporcional. Além de provas suficientes da participação de cada réu.
Na época, um dos trechos da decisão estabeleceu que “devem ser analisadas e decididas pelo Conselho de Sentenças qualificadoras mencionadas, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois o episódio ocorreu durante uma confraternização. As vítimas foram surpreendidas pelos disparos, sem possibilidade de reação defensiva".
A denúncia contra Inês, Bruno e Eder foi recebida no final do ano passado. Logo depois foi proferida a sentença de pronúncia. As defesas ajuizaram recursos contra a decisão. O juiz considerou que a dívida entre inquilino e proprietário foi a motivação do crime e por motivo fútil deve ser analisada pelo Conselho de Sentença.
As defesas também pediram a absolvição sumária pelo crime de tentativa homicídio qualificado contra o dono da propriedade que a pecuarista alugava, conhecido como “Polaco”, contudo, o juiz concluiu que os réus agiram com intenção de matar a vítima, apesar da arma de Inês ter ficado sem munição.
“A sentença de pronúncia foi bastante clara no sentido de reconhecer coautoria de Inês quanto ao crime praticado por Bruno. Isto é, embora a autoria dela seja impossível (por ineficácia absoluta do meio), sua coautoria com relação a Bruno é possível, por ter realizado disparos de calibre 12 na direção de Polaco”, disse.
O magistrado então manteve a sentença e reforçou que os réus agiram sabendo das consequências de seus atos.
O CASO
No dia 21 de abril de 2024, a pecuarista Inês Gemilaki, e o filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz invadiram uma casa e mataram dois idosos e feriram o padre. A motivação do crime seria um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida. Segundo a polícia, o principal alvo do ataque era o dono da casa, o “Polaco”, que não foi atingido pelos tiros.
Dois dias após o crime, o marido de Inês, Marcio Ferreira Gonçalves, de 45 anos, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues, foram presos por participação no crime. No mesmo dia, Inês e Bruno se entregaram à Polícia Civil. Em maio, os quatro suspeitos foram indiciados, e Bruno foi impedido de exercer a profissão por decisão do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
Segundo a Polícia Civil, os quatro devem responder pelos crimes de homicídio qualificado consumado, homicídio qualificado tentado e associação criminosa. Márcio foi solto e ficou de fora da denúncia do Ministério Público. Já Inês, Bruno e Eder foram denunciados pelo Ministério Público pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra o padre. Os três seguem presos.
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