O juiz substituto João Zibordi Lara da Segunda Vara de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá) manteve a prisão preventiva de Inês Gemilaki, do filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz e do cunhado Eder Goncalves Rodrigues réus pelos homicídios de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo e pela tentativa de homicídio do padre José Roberto Domingos e de Enerci Afonso Lavall, conhecido como ‘Polaco’.
Na decisão, proferida na quarta-feira (30), o magistrado citou que os requisitos para a manutenção da custódia dos acusados ainda estão mantidos, como a materialidade e autoria.
“A fundamentação da medida extrema [prisão] restou perfeitamente justificada por meio dos dados concretos lançados nos autos e não se verificou qualquer alteração substancialmente fática desde a data da decisão que a decretou”, diz o juiz em trecho da decisão.
O juiz justificou que a manutenção da prisão dos acusados é uma medida necessária para a manutenção da ordem pública. Além de lembrar o grau de frieza e brutalidade dos acusados, cujos crimes foram cometidos durante uma confraternização entre as vítimas e na frente de ao menos outras oito pessoas.
“No caso em apreço, o decreto preventivo em face dos réus deverá se dar pela garantia da ordem pública, especialmente pelo cometimento de crimes com elevado grau de reprovabilidade e brutalidade e pela frieza de sua autoria, na medida que a infração foi praticada em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas, justificando, por si só, a custódia antecipada dos suspeitos”, traz trecho da decisão.
RELEMBRE O CASO
No dia 21 de abril, Inês, Bruno e Eder invadiram a residência de Enerci Afonso Lavall, conhecido como ‘Polaco’, em Peixoto de Azevedo. Inês disparou contra as pessoas que estavam no local. Os idosos Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, sogro do alvo dos criminosos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, amigo do proprietário, foram mortos durante a ação. Toda a ocorrência foi registrada pela câmera de segurança da residência.
Além deles, o padre José Roberto Domingos, de 45 anos, que estava presente para um almoço, também foi atingido por disparos, mas sobreviveu ao se jogar entre dois sofás do imóvel. Polaco, o verdadeiro alvo, também escapou ileso, sendo apenas atingido por estilhaços.
O crime foi motivado por uma disputa judicial envolvendo a casa onde as execuções ocorreram. Inês havia alugado o imóvel de Polaco, mas, ao desocupar o local, teria deixado R$ 59 mil em dívidas. A investigação revelou que Inês também tinha débitos com Rui, o que pode ter motivado o ataque.
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