A disputa pela Fazenda Lago Azul, em Ribeirão Cascalheira (772 km de Cuiabá), é apontada como pano de fundo para a execução do advogado Roberto Zampieri. Ele chegou a patrocinar a defesa da suposta mandante de sua morte, Maria Angélica Caixeta Gontijo, numa ação em que ela tenta anular a venda da propriedade. Depois, Zampieri passou a advogar numa ação de consignação de pagamento que visava transferir a posse da fazenda a outro produtor rural. O advogado também assinou um pedido de reintegração da propriedade ao comprador, em desfavor de Maria Angélica. No último processo, Zampieri alertou o Judiciário sobre o risco de 'tragédia iminente' em virtude da suposta mandante do seu assassinato ter porte de arma e 'andar' com pistoleiros.
No processo encampado por Zampieri em favor de Maria Caixeta Gontijo, a empresária menciona outra ação em que o Judiciário teria determinado a imissão de posse do imóvel a ela e sua família em detrimento de Gilberto Luiz Rezende. Posteriormente, Gilberto e outras duas pessoas, uma delas um cabo da Polícia Militar, teriam passado a ameaçar a família de Maria Caixeta, inclusive com emprego de arma de fogo.
Segundo a peça assinada por Zampieri, a situação forçou a cessão de direitos possessórios da fazenda por um valor abaixo do mercado, no montante de R$ 2,3 milhões, a Antônio Marcos Gularte, que, em tese, seria 'comparsa' de Gilberto nas ameaças. A primeira parcela do negócio, porém, sequer foi paga ensejando uma notificação extrajudicial para desfazer o negócio.
"Desse modo, resta comprovado que tudo não passou de uma trama arquitetada pelos meliantes, que além do Sr. Antonio não cumprir o contrato, persistiram de forma mais contundente nas ameaças de morte contra a parte Requerente e seus familiares, que inclusive estavam se utilizando do respectivo contrato para tentarem permanecer na posse de imóvel e pior, TENTANDO VENDER O REFERIDO IMÓVEL A TERCEIRO, ATO TÍPICO DE ESTELIONATÁRIOS", diz trecho.
A situação teria piorado quando uma outra pessoa, que não fica claro qual relação teria com Gilberto e Antônio, teria vendido a propriedade a Evelci de Rossi para quem, posteriormente, Zampieri começou a advogar. O negócio foi fechado por R$ 11,5 milhões, em tese, com uma certidão falsificada de anuência de Maria Angélica. Em razão disso, o advogado executado anos depois, pediu a nulidade do negócio.
No acordo com a empresária, Zampieri receberia 50% do valor da fazenda pela prestação de seus serviços, ainda em 2020, mesmo ano da ação de nulidade. Resguardado pelo pacto, o advogado deu início à renegociação da fazenda com Elveci.
O advogado teria 'virado a casaca' por isatisfação da empresária com os serviços prestados e passou a defender o comprador da propriedade rural de 5,1 mil hectares. De acordo com o processo em favor de Elveci, assinado por uma das sócias de Zampieri, Maria Angélica obstava a posse do comprador do imóvel, mesmo com o produtor rural adimplindo todos os termos do contrato.
Numa outra ação, em que pedia a reintegração de posse da fazenda em favor de Elveci, Zampieri alertou o judiciário sobre o risco de tragédia já que Maria Angélica tinha invadido a propriedade com vários homens armados e também detinha posse de arma de fogo.
O litígio envolvendo a fazenda teria levado a mulher a contratar Antônio Gomes da Silva, pistoleiro que confessou ter executado Roberto Zampieri no dia 5 de dezembro na porta do escritório de seu escritório de advocacia, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
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Betao 25/12/2023
Quem procura acha, que me desculpe os familiares mais esse advogado era muito malandrando por isso aconteceu isso
João Batista 21/12/2023
Que história cheia de malandragem... MALANDRO TÁ BRIGANDO POR ESPAÇO
2 comentários