Entre 2002 e 2021, Mato Grosso registrou um aumento de 89% no número de empregos industriais, saltando de 60.572 para 114.496 trabalhadores. O crescimento está acima da média nacional, que foi de 46,2% no período. Os dados constam na pesquisa “Cidades Industriais Brasileiras”, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), publicada nesta semana.
Os números também apontam que, em 2022, a indústria de transformação representava 1,5% do emprego formal no Estado, empregando 123.932 pessoas em 8.663 estabelecimentos. O segmento industrial contempla 24 grupos nas áreas de alimentos, bebidas, fumo, têxteis, biocombustíveis, máquinas e equipamentos, farmacêuticas, móveis, entre outros.
Mato Grosso também registrou um crescimento salarial de 56,9% entre 2002 e 2021, superando o aumento nacional de 16,9%. Em 2002, pagava-se R$ 1.478,82 em média no estado, e passou para R$ 2.320,63 em 2021. Já no país, os números passaram de R$ 2.460,04 para R$ 2.876,25 em 2002 e 2021, respectivamente.
O levantamento também destaca a estrutura das empresas industriais no estado - 7.805 são microempresas, 698 pequenas, 127 médias e 33 grandes, estas últimas concentrando mais de 500 trabalhadores cada. Cuiabá desponta como a única cidade mato-grossense entre as 100 com maior número de empregados na indústria, reunindo 14.899 trabalhadores, com uma remuneração média de R$ 2.519,01.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, o estudo enfatiza a importância da indústria de transformação para dinamizar a economia nacional, promovendo encadeamentos produtivos com setores como agropecuária, mineração e serviços.
“Embora os avanços sejam notáveis, o Estado ainda enfrenta desafios, como a necessidade de elevar a remuneração média e ampliar a participação de médias e grandes empresas na economia local. A diversificação das cadeias produtivas e a adoção de tecnologias inovadoras também são fundamentais para consolidar a posição do Estado como um polo industrial competitivo”, disse.
César Miranda destaca ainda que o apoio do Governo do Estado para a verticalização das indústrias e os benefícios fiscais foram fundamentais para o desenvolvimento industrial aliado a um modelo sustentável e inclusivo.
“Por meio de iniciativas voltadas à integração entre setores produtivos, como agronegócio e indústria, o Governo do Estado criou um ecossistema favorável ao crescimento sustentável, fortalecendo cadeias produtivas e gerando novas oportunidades de emprego”, avaliou.
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