O anúncio foi realizado pela secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha - que comanda o ministério temporariamente enquanto Mauro Vieira está fora -, pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e pelo próprio André Corrêa do Lago no Palácio do Planalto.
Corrêa do Lago afirmou que o Brasil pode ter um "papel incrível" na COP30. Afirmou que é uma honra ocupar o cargo e agradeceu a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também disse que o governo de Donald Trump à frente dos Estados Unidos terá impacto sobre a Conferência do Clima, e mencionou a saída do país do acordo de Paris - um dos principais tratados ambientais vigentes.
A COP30 será realizada entre 10 e 21 de novembro. O governo federal vem sendo pressionado para acelerar definições sobre o evento. Estavam cotados para a presidência o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni; além do próprio André Corrêa do Lago, que já estava envolvido na organização do evento.
Como presidente da COP30, ele terá mais poder nas negociações que serão feitas pelos países em torno do clima.
O nome de Corrêa do Lago teria prevalecido por não trazer uma grande carga política. O diplomata é tido como um técnico e negociador experiente.
Ele tinha o apoio do chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, o ex-ministro Celso Amorim - principal conselheiro de Lula para relações internacionais.
O anúncio foi depois de uma reunião promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a organização da COP30.
Participaram, segundo a agenda oficial da Presidência da República:
Rui Costa - ministro da Casa Civil;
Maria Laura da Rocha - ministra das Relações Exteriores substituta;
Marina Silva - ministra do Meio Ambiente;
Sidônio Palmeira - ministro da Comunicação Social;
Miriam Belchior - secretária-executiva da Casa Civil;
Celso Amorim - chefe da Assessoria Especial da Presidência da República.
A pauta ambiental ganhou centralidade no discurso de Lula nos últimos anos. O petista costuma acusar o governo anterior, de Jair Bolsonaro, de ter sido leniente com desmatamento, garimpo e outras atividades danosas às florestas.
Já no governo, Lula explora o assunto para aumentar a projeção internacional do Brasil. Apesar disso, já teve dificuldades, por exemplo, para controlar queimadas nesses pouco mais de dois anos de mandato.
(Com Agência Estado)
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