O deputado federal Nelson Barbudo (PL) afirmou ser contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece mudanças na escala de trabalho 6x1. Para ele, a alteração do regime trabalhista pode gerar uma onda de demissões em massa, implicando no "fim do emprego". De acordo com Barbudo, a bancada do Partido Liberal irá se reunir nesta terça-feira (12). Sua expectativa é que a legenda oriente os parlamentares a não assinarem o requerimento de autoria de Erika Hilton (PSOL-SP). Considerando que o PL tem 99 cadeiras na Câmara, a rejeição dos deputados fará a diferença no momento da votação em plenário.
Para que o texto da PEC comece a tramitar, Erika precisa de 171 assinaturas no requerimento que será submetido ao presidente Arthur Lira (PP-AL). Até a noite desta segunda-feira (11), a deputada havia conseguido 134 assinaturas. Emanuelzinho (MDB) foi o único de Mato Grosso a assinar.
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"No PL, ninguém vai assinar porque a nossa filosofia de vida é o trabalho e estão querendo diminuir. Os países crescem com o trabalho e essa PEC vai gerar somente o fim do emprego", avaliou Nelson Barbudo ao Hipernotícias nesta terça-feira (12).
O deputado destacou que a PEC ainda não começou a tramitar, mas está sendo discutida como se fosse ser votada, "passando o carro na frente dos bois". Ainda segundo Barbudo, o sentimento na ala da extrema direita é que Erika Hilton não irá conseguir as assinaturas necessárias.
"Essa PEC não foi nem protocolada. Estão em fase de coleta de assinaturas para instalação. A turma está passando o carro na frente dos bois. Tem gente que fala que nem vai conseguir o número necessário, que é de 171 assinaturas. O PL não comunga dessa ideia. Ainda não está protocolada a PEC, estão atrás de assinaturas e não estão conseguindo. Mas, em caso de conseguirem, acho que não vai ter sucesso", opinou.
ENTENDA A 'PEC 6X1'
A 'PEC 6X1', como está se popularizando, coloca um fim ao regime trabalhista de uma folga a cada seis dias de trabalho. A intenção é que o atual modelo seja revisto, instituindo a escala 4x3 que determina três folgas a cada quatro dias trabalhados.
Erika Hilton se apoia no discurso que o estilo adotado pelas empresas brasileiras não contribuem com a qualidade de vida dos trabalhadores. Para ganhar a simpatia dos colegas da Câmara, a deputada tem mencionado exemplos de países desenvolvidos que adotaram a flexibilização da carga horária para melhorar o rendimento e assegurar a saúde mental dos colaboradore.
“A medida proposta nesta Lei alinha-se aos princípios de justiça social e desenvolvimento sustentável, buscando um equilíbrio entre as necessidades econômicas das empresas e o direito dos trabalhadores a uma vida digna e a condições de trabalho que favoreçam sua saúde e bem-estar”, justifica o texto da PEC.
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