O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou ser contrário ao decreto do presidente Lula (PT), que cerceia a autonomia dos policiais militares, civis e penais. De acordo Mendes, Lula cometeu um erro ao usar o decreto para "barganhar" com os governadores. Mauro asseverou que não irá aderir à normativa e minimizou os recursos da União a Mato Grosso. Segundo ele, o estado não precisa do "dinheirinho" do governo federal.
"Eu não concordo com esse decreto. Respeito o presidente, porém, discordo dessa estratégia de fazer esse debate em cima da polícia como se fossem os causadores da insegurança que o cidadão brasileiro tem em todos os estados", disparou o governador em entrevista à Jovem Pan News neste sábado (28).
O decreto de Lula foi emitido na véspera de Natal, nesta terça-feira (24), quando o Congresso Nacional já estava esvaziado. Lula estabelece o uso da arma de fogo apenas últimos casos, quando o policial está em risco de morte. A força física também está sujeita ao mesmo caso. Porém, os policiais seriam submetidos a formações. Mauro não apoia a medida, reiterou que Mato Grosso tem receita para continuar investindo no aparelhamento dos policiais e que não cederá a pressões de Brasília.
"É um erro. O 'dinheirinho' da União é muito pouco diante dos números (de ocorrênciaa). A segurança pública que bancamos é com o dinheiro do Estado que é maior que o 'dinheirinho' que deixaria de vir. Prefiro deixar de receber esse dinheirinho do que seguir uma regra que acredito que não vai ajudar na estratégia de melhorar o ambiente de segurança", afirmou.
DECRETO É "FACTOIDE"
Mendes pontuou que o aumento das ocorrências criminais e do poderio das facções criminosas não estão ligados à uma gestão em específicos, mas é claro que nós últimos 30 anos os índices dispararam. Ele disse que conversou sobre a sensação de insegurança com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e com o próprio Lula. Para o governador, o petista muda o contexto, colocando o foco nos policiais e não nos criminosos.
"O Brasil é um país que ao longo dos últimos anos vem apresentando índices altos de insegurança pública, as facções crescem, os crimes aumentam, os furtos aumentam. Já falei para o Bolsonaro e o Lula que os índices pioraram nos últimos 30 anos. Não quero criticar governo ou partido, é um problema grande do país. O que me deixa preocupado é que diante de um problema desses trata-se um debate como se a solução fosse colocar câmera nas farsas, tratando eles como causadores da violência no Brasil. É uma mudança de contexto e foco", opinou.
"O Brasil teve 40 mil assassinatos, sendo o país que mais mata. Deve-se criar leis mais duras e não algo como esse factoide", concluiu Mauro.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.