(Atualizada às 17:20) O Senado elegeu nesta segunda-feira (25), em votação simbólica, a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Na prática, a eleição apenas referendou a indicação feita pelos líderes dos seis blocos partidários da Casa.
Entre a lista dos titulares estão os senadores Wellington Fagundes (PR) e José Medeiros (PSD),que tiveram seus nomes confirmados, na última semana, para compor o grupo.
Em entrevista ao site Hipernotícias, Medeiros ressaltou que ter dois representantes na comissão é de grande importância para o estado, participando de um marco histórico que poderá mudar o rumo da vida do país.
“Queremos que o processo ocorra da forma mais rápida possível, dentro da lei. É característico da gestão do governo atual procrastinar e não podemos mais esperar. A economia está derretendo e todos queremos respostas”, destacou.
Ainda de acordo com o senador Medeiros, o impeachment já está em pauta há anos e toda a população anseia por soluções. Esse desejo de que o processo corra com a maior celeridade possível também é compartilhado pelo companheiro de comissão, Wellington Fagundes, que salientou que o voto não pode ser apenas técnico.
“Nós temos pressa, pois não podemos deixar o cidadão brasileiro na incerteza. Principalmente aqueles que estão desempregados e querem uma solução para este país”, ressaltou Fagundes.
Nesta terça-feira (26), os membros da comissão deverão eleger o seu presidente e relator
Instaurada a comissão do impeachment
O primeiro passo da tramitação do impeachment no Senado foi a leitura em plenário, no dia 19, do parecer da Câmara favorável à abertura do processo. Em seguida, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criou a comissão especial para a análise do processo e pediu aos líderes partidários a indicação dos 42 senadores que vão compor a comissão: 21 titulares e 21 suplentes.
Se o parecer da comissão for pela admissibilidade do processo de impeachment e o texto for aprovado pelo plenário do Senado, o processo contra a presidenta é instaurado e Dilma será notificada e afastada do cargo por 180 dias. Com isso, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o governo. Se o parecer da comissão for rejeitado no plenário, a denúncia contra a presidenta será arquivada.
Mas caso o processo de afastamento for aberto, começa a fase de produção de provas e a possível convocação dos autores da denúncia, da presidenta Dilma e da defesa até a conclusão das investigações e a votação do parecer da comissão especial sobre o processo.
Para que a presidente perca o mandato são necessários os votos de pelo menos 54 senadores, dois terços da Casa. A sessão final do julgamento será dirigida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
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