Segundo o deputado estadual Wilson Santos (PSD), a base do governador Mauro Mendes (União Brasil) irá atropelar a bancada da oposição na votação da Revisão Geral Anual (RGA). A proposta do governo, de acordo com o deputado, deve ser aprovada pela grande maioria. Mendes fechou o reajuste em 4,83% seguindo o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024. Lúdio Cabral (PT) trava uma queda de braço com Mauro e pediu 7,65%. Wilson acredita que a contraproposta de Lúdio não irá passar. O RGA entra em discussão na próxima quarta-feira (22).
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"Temos sessão marcada semana que vem quando iremos apreciar o RGA e o governo do Estado está encaminhando essa semana. Não haverá nenhum prejuízo, deve ser matéria votada por unanimidade", falou Wilson Santos ao HNT nesta terça-feira (14).
A mensagem de Mauro Mendes formalizando o aumento ainda não chegou à AL, conforme Wilson. A expectativa é que o documento seja enviado até sexta-feira (17). O próprio Mauro se comprometeu a encaminhar o texto até o final desta semana.
Mauro apontou que o projeto original previa uma revisão de 3,85%. Contudo, a inflação disparou exigindo que os números fossem revisados. A previsão é que o impacto mensal na folha de pagamento dos servidores, com essa revisão, seja em torno de R$ 75,3 milhões, o que equivale a R$ 849 milhões ao ano. De acordo com Wilson, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) já prepara o pagamento para o próximo mês com o incremento aos salários.
"Como o governo paga até o último dia útil, acredito que o governador já tenha orientado a Seplag a incluir a RGA completa com os 100% do processo inflacionário do ano passado que é um pouqiunho mais de 4,80%", disse o deputado.
OPOSIÇÃO DISCORDA
Lúdio Cabral (PT) é contrário ao percentual que Mauro Mendes está disposto a pagar e formalizou uma contraproposta pedindo 7,65%. Em ofício encaminhado ao governador, ele justifica que 4,83% é referente ao IPCA do ano passado e 2,82% é referente a compensação de perdas inflacionárias não pagas nos últimos anos. De acordo com Lúdio, a negocição é para assegurar que os servidores recebam a correção conforme os parâmetros da Constituição Federal.
"Os servidores públicos de Mato Grosso têm tido perdas salariais nos últimos anos e é preciso corrigir essa injustiça com quem faz o Estado funcionar, em todas as áreas. Mato Grosso tem crescido ano após ano, com aumento de arrecadação de maneira sucessiva, e isso precisa se refletir na remuneração dos servidores", destacou o deputado.
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