O ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA) Carlos Fávaro, e senador licenciado por pelo PSD de Mato Grosso, celebrou nesta segunda-feira (13) a liberação da Licença de Instalação para o Contorno Leste da BR-158, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A obra no entorno da Terra Indígena Maraiwatsede, é alvo de alterações de traçado e disputas que se arrastam a mais de 10 anos. O que levou o ministro a comemorar no post, a decisão, e defender que ela representa um marco importante para a conclusão da pavimentação da rodovia, que é considerada estratégica para o desenvolvimento da região.
Com a liberação da licença, as obras de pavimentação dos 86 km restantes da rodovia poderão ser iniciadas ainda neste ano de 2025. Essa etapa final da obra é fundamental para garantir a fluidez do tráfego e o escoamento da produção agrícola, além de melhorar a segurança e a qualidade de vida da população da região Araguaia.
Obra e disputas
A BR-158 tem início no estado do Pará e vai até o Rio Grande do Sul, próxima à fronteira do Brasil com o Uruguai. Em Mato Grosso, a rodovia corta a região nordeste do estado, passando por cidades como Vila Rica, Confresa, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças.
E a obra da BR-158 faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E tem um traçado que contorna a Terra Indígena Marãiwatsédé, isso porque o trecho original da rodovia que corta a reserva, entre os km 201,2 (Canabrava do Norte) e o km 330,5 (Bom Jesus do Araguaia), não pode ser asfaltado para a preservação de aspectos culturais e existenciais do povo Xavante.
Com 165 mil hectares, a área indígena já foi alvo de disputa no passado e hoje está registrada em nome da União. Em 2013, o governo federal deu posse plena da terra aos Xavantes.
O chamado “Contorno Leste”, traçado a partir de um acordo entre a Fundação Nacional (Funai), o Instituto Brasileiro (Ibama) e o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) , aumenta o trecho em 90 quilômetros.
Esse aumento recebeu críticas de produtores e de empresários, que alegam aumento no custo do frete uma vez que a região em questão é rota de escoamento de boa parte da produção de grãos do Estado.
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