O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que não discutiu alianças políticas com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) durante sua viagem a Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (17). Mendes assegurou que compareceu ao ato promovido pela extrema-direita para sinalizar seu posicionamento contrário às "penas desproporcionais" aplicadas a parte dos presos políticos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Durante seu discurso na capital carioca, Bolsonaro mencionou Mendes e o incluiu entre os futuros senadores necessários para "recuperar o país".
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O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, externou o interesse do partido em compor com Mendes, tendo o governador e o deputado federal José Medeiros (PL) como candidatos ao Senado. No entanto, Mauro garantiu que o assunto não foi discutido com Bolsonaro na ocasião. Segundo ele, sua preocupação atual é encerrar seu mandato como governador, entregando obras e ações prioritárias à gestão.
"Não fui ali com o objetivo de fazer alianças. Recebi com bastante tranquilidade os elogios que Bolsonaro fez, algumas citações que ele fez em off em alguns momentos, mas tenho procurado evitar antecipar o debate eleitoral de 2026, pois temos enormes desafios na gestão e é sobre eles que estou focado neste momento", esclareceu Mauro Mendes à imprensa nesta quarta-feira (19), durante visita do ex-governador de São Paulo, João Doria (sem partido).
Mendes ressaltou que, embora tenha participado do ato em favor da anistia, entende que uma parcela dos presos políticos deve ser punida com o rigor da lei, pois vandalizaram órgãos públicos, e ele desaprova essa atitude. No entanto, em sintonia com os bolsonaristas, observa que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem deferido condenações abusivas aos réus.
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"Não aprovo sob hipótese alguma os atos de 8 de janeiro. Qualquer pessoa não pode aprovar invasão em propriedade privada ou pública, e os atos de destruição devem ser penalizados. Entretanto, a pena aplicada é desproporcional, e sabemos disso. Fui ali porque me senti no dever e sempre assumo com clareza e tranquilidade as minhas ações de apoiar aquele ato, que tem o objetivo de reposicionar o que está acontecendo em termos de penalização", disse o governador.
A anistia aos presos políticos está sendo discutida em Brasília. Os deputados federais e senadores de Mato Grosso alinhados com a direita apoiam o texto que pede a flexibilização das penas.
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