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Artigos Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 06:23 - A | A

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Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 06h:23 - A | A

LUIZ HUGO QUEIROZ

Tendências culturais globais que estão moldando o consumo e a sociedade

LUIZ HUGO QUEIROZ

O consumo, historicamente influenciado por fatores econômicos e tecnológicos, tem sido cada vez mais moldado por tendências culturais globais. As mudanças sociais, comportamentais e tecnológicas vêm impactando profundamente a forma como as pessoas interagem com marcas, produtos e serviços. Nesse contexto, os teóricos Philip Kotler e Daniel Kahneman oferecem insights valiosos para compreender essas transformações e seus impactos no mercado.

Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno, destaca que as marcas precisam adaptar suas estratégias a um consumidor cada vez mais consciente e exigente. No livro "Marketing 4.0", ele enfatiza que a transição do marketing tradicional para o digital não se trata apenas de tecnologia, mas de uma mudança cultural que prioriza a personalização, a transparência e a co-criação de valor entre empresas e consumidores. Hoje, os consumidores não buscam apenas produtos, mas experiências que estejam alinhadas com seus valores e estilo de vida.

Daniel Kahneman, por sua vez, contribui para essa discussão ao demonstrar como os processos cognitivos influenciam as decisões de consumo. Em sua obra "Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar", ele explica que as escolhas humanas são frequentemente guiadas por heurísticas e emoções, o que reforça a importância da conexão emocional entre marcas e consumidores. Essa compreensão ajuda a explicar por que movimentos culturais, como o consumo sustentável e a busca por propósito, têm se tornado centrais nas decisões de compra.

Uma das tendências culturais globais mais evidentes é o *consumo consciente*. Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a origem dos produtos que consomem, levando marcas a adotar práticas mais sustentáveis e transparentes. O conceito de ESG (Environmental, Social, and Governance) tem se consolidado como um critério essencial para empresas que desejam se manter relevantes. Essa tendência se reflete na ascensão da economia circular, no aumento da demanda por produtos biodegradáveis e na preferência por empresas que demonstram compromisso com causas sociais e ambientais.

Outra transformação significativa é a *hiperpersonalização do consumo*. Com o avanço da inteligência artificial e do big data, as marcas conseguem mapear preferências individuais e oferecer produtos e serviços sob medida. O consumidor moderno espera ser tratado de forma única e valoriza experiências customizadas que atendam às suas necessidades específicas. Essa tendência reforça o papel do marketing baseado em dados e do uso de algoritmos para prever comportamentos e antecipar desejos.

Além disso, vivemos na era da *economia da experiência*, onde a posse de bens materiais tem sido, em muitos casos, substituída pela busca por experiências memoráveis. Esse fenômeno impacta setores como turismo, entretenimento e gastronomia, e explica o crescimento de serviços por assinatura e plataformas de compartilhamento. Empresas que oferecem experiências diferenciadas e autênticas têm conquistado um espaço significativo no mercado global.

Por fim, a *digitalização e a cultura da influência* têm remodelado o comportamento de consumo. A ascensão das redes sociais transformou a maneira como as marcas se relacionam com o público, tornando a comunicação mais interativa e dinâmica. O marketing de influência, impulsionado por criadores de conteúdo e celebridades digitais, tem sido uma das estratégias mais eficazes para atingir diferentes segmentos de mercado. Essa tendência reforça a necessidade de autenticidade e engajamento genuíno entre marcas e consumidores.

Diante desse cenário, empresas que compreendem e se adaptam às tendências culturais emergentes têm maior capacidade de gerar valor e se destacar em um mercado em constante transformação. Como Kotler e Kahneman demonstram, entender o consumidor vai além da análise de números; é essencial compreender os aspectos emocionais, sociais e culturais que moldam suas escolhas. O futuro do consumo será cada vez mais pautado por propósito, personalização e experiências significativas.

(*) LUIZ HUGO QUEIROZ é jornalista, especialista em marketing político e diretor da maior plataforma cultural que reúne arte, arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas em Mato Grosso, a CASACOR.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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